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VEGAS

O fechamento do clube deveria ser o estopim de um debate sobre qual cidade que queremos.

Por Alê Youssef

em 17 de abril de 2012

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Fiquei chocado com o fechamento do Vegas. Mais pela história e importância dele do que por desconhecimento do poder nefasto da especulação imobiliária na cidade de SP.

Não existe memória urbana em São Paulo pois a cidade muda o tempo todo pela força da grana. A Rua Augusta – ícone de uma das melhores noite do mundo – está ameaçada. Ao contrário de outros centros urbanos e cosmopolitas que mantém bairros dedicados à boêmia e à diversidade, São Paulo não tem posicionamento estratégico no que diz respeito à sua econômia criativa.

A mesma lógica que fechou o Vegas, impede que o Bloco do Baixo Augusta ocupe a rua. Pode parecer que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas a verdade é que SP é a cidade do não pertencimento. Não valoriza os ícones da sua cultura transgressora, alternativa e de vanguarda e não compartilha o espaço público.

Acho que o fechamento do clube não pode ser em vão.  Deveria ser o estopim de um debate sobre qual cidade que queremos.

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