Bicicletas dobráveis são uma saída para o caos dos centros urbanos. Veja a opinião de quem usa
Ninguém ainda conseguiu reduzir uma bicicleta até que ela caiba em uma mochila. Mas as magrelas dobráveis são quase isso em termos de facilidade. Projetadas para percorrer trajetos curtos, as flexionáveis (daí o nome FlexBike) levam a vantagem de reduzir consideravelmente de tamanho, podendo ser levadas no ônibus ou no metrô. E com essa combinação (bike + transporte público) são um excelente meio de transporte mesmo para distâncias maiores.
Foi o que a prática ensinou ao advogado Adriano Lisboa, 33 anos. Adepto há mais de uma década da filosofia “carro na garagem, bicicleta na rua”, ele se viu obrigado a se desfazer de sua mountain bike após se mudar para um apartamento sem garagem no centro de São Paulo. A solução? Trocar os aros 26 para as 20 pol oferecidas nas rodas do modelo Dahon Eco (foto). Pioneira na tecnologia que permite às magrelas um “efeito sanfona”, a marca foi criada nos EUA em 1975 por David Hon, um físico que trabalhava para a fábrica de aviões Hughes Aircraft.
“A princípio, usar um modelo dobrável foi uma decisão pensada apenas na necessidade de guardar a bicicleta no apê”, conta Adriano. “Mas logo percebi outras vantagens. A bike ‘elástica’ se mostrou ideal para percorrer distâncias num raio de até 10 km, o que abrange a maioria dos meus compromissos. Se precisar ir mais longe, ninguém se sente incomodado em dividir espaço com ela no metrô.” Em março, a CPTM reforçou a permissão de trânsito livre às bikes dobráveis nos vagões. Um sinal de sintonia com vários governos europeus, que estudam medidas para integrar as FlexBikes a seus planos de transporte de massa. Quando dobrado, o modelo de Adriano é reduzido a dimensões de 34 x 68 x 80 cm. “Se saio de bicicleta à noite e exagero na bebida, 15 s bastam para dobrá-la e acomodá-la no porta-malas de um táxi”, emenda.