Será que ela existe? Onze personalidades respondem onde tentam encontrar suas respectivas fontes da juventude
CARLOS VERGARA, 66 (artista plástico): “Tesão. Em todas as direções. Tesão na vida.”
TOM ZÉ, 71 (compositor, cantor e arranjador): “A fonte da juventude é a juventude da fonte.”
GUTO LACAZ, 60 (arquiteto e artista plástico): “Responder à pergunta é fácil. Não existe fonte da juventude. Como já dizia Nelson Rodrigues: ‘Jovens... envelheçam!’.”
RONNIE VON, 64 (apresentador do programa Todo Seu da TV Gazeta): “A fonte da juventude é o sonho do homem...”
EMANOEL ARAUJO, 67 (curador do Museu Afro Brasil): “A fonte da juventude é a enorme vontade de viver, perseguir sonhos e utopias e acreditar no futuro do Brasil.”
PALMIRINHA ONOFRE, 77 (apresentadora do programa TV Culinária da Gazeta): “A fonte da juventude é estar bem com você mesmo, ter uma cabeça boa, fazer bem ao próximo e levantar de manhã, se olhar no espelho e dizer: ‘Sou linda!’.”
ISAAC KARABTCHEVSKY, 73 (maestro): “Há duas frases que explicam bem isso: ‘É preciso lavar os olhos entre cada olhar’, do cineasta japonês Kenji Mizoguchi. E, de Proust, ‘A verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas
paisagens, mas em ter novos olhos’. Pensando bem, no fundo, isso é a música.”
NELSON SARGENTO, 84 (cantor e compositor): “A fonte da juventude é um dom que nem todo jovem sabe usar: é progredir na vida e ir ao máximo da sua existência.”
JOSÉ MINDLIN, 94 (advogado e empresário): “Falar em fonte de juventude pra quem completou 94 anos não tem muita lógica. Eu não me sinto com 94. Isso é idade cronológica. Eu me sinto muito mais moço. A fonte disso é que sou um otimista incorrigível.”
FERNANDO FARO, 81 (apresentador dos programas Ensaio e Móbile da TV Cultura): “Na vida é necessário fazer o que gosta e ter amor a tudo, inclusive ao trabalho. E boas doses diárias de música. Já dizia Friedrich Nietzsche, a música oferece às paixões o meio de obter prazer delas. Essa é a fonte da juventude.”
COSTANZA PASCOLATO, 69 (consultora de moda e estilo): “Para mim, a base da longevidade é o movimento. Não o ginástico, mas o movimento que você faz pra viver, se mexer, pintar, atuar, cozinhar – seja o que for. O movimento na cabeça que te impede de estagnar num pensamento. O movimento é tudo.”