Marcha da Maconha 2014

por Camila Eiroa

A edição de São Paulo aconteceu no último sábado com música, cartazes coloridos e animação

Faz três anos que a Marcha da Maconha de São Paulo sofreu enorme repressão policial ao tentar se manifestar na Avenida Paulista sob julgamentos de fazer apologia às drogas. Depois de liberada pelo Supremo Tribunal Federal como direito de livre expressão, ganhou espaço como movimento legítimo e, desde então, reúne cada vez mais pessoas. Neste ano de 2014, em sua 7ª edição oficial, a Polícia Militar estima que 3 mil manifestantes se reuniram no vão do MASP para ocupar as ruas com seus gritos de "Legalize já!". Informação que vai contra o que os organizadores do evento e participantes presenciaram. Eram, pelo menos, dez mil pessoas marchando do cartão postal paulistano rumo à Praça Roosevelt. 

A polícia não foi convidada e observou à distância sem interferir. O resultado foi como o esperado: nenhuma ocorrência. A música esteve presente com uma fanfarra, grupos de maracatu e um trio elétrico adaptado com músicos cantando, entre outras canções, Don't worry, be happy famosa na voz do lendário Bob Marley. Entre os blocos que levantaram seus gritos de guerra, tinha aqueles que defendiam a legalização para uso medicinal da planta, os que destacavam a importância da discussão da política antidrogas na questão feminista, os Bec Blocks, e os que defendiam o cultivo caseiro. Além de, é claro, gente de toda faixa etária - neném, criança, adolescente, adulto e idoso (sem contar os cachorros!).

A avenida foi tomada precisamente às 16h20 pelas bandeiras e cartazes, e a festa seguiu animada até o fim, encerrada com fogos de artifício e o grito "amanhã vai ser maior".

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