Série do Greenpeace discute o futuro da questão energética no Brasil
Lucineide Silva faz a limpeza de painéis fotovoltaicos instalados nos tetos das casas de mil famílias que participam de um projeto piloto do programa Minha Casa Minha Vida em Juazeiro, Bahia. O excedente gerado nessa usina de energia solar é vendido e a renda é distribuída entre os moradores. Com o emprego, ela sustenta os oito filhos. “Eu já passei fome com eles. Agora trabalho com prazer”, conta.
Lucineide é uma das personagens da minissérie Linhas, projeto do Greenpeace Brasil feito em parceria com a documentarista Eliza Capai e a fotógrafa Carol Quintanilha. São seis episódios disponíveis no site da ONG ambientalista, com dados, reflexões e relatos de moradores diretamente afetados por projetos como a usina de Belo Monte, no Pará, e a hidrelétrica Três Irmãos, no interior paulista. “A ideia é discutir a questão energética por meio de histórias de pessoas. Quisemos humanizar a discussão, em geral, muito técnica”, explica Bruno Weis, coordenador de comunicação do Greenpeace Brasil, que defende a multiplicação de projetos de energia limpa – solar, eólica e de biomassa –, como o de Juazeiro.
Lançado em dezembro, o último episódio da série foi gravado na Amazônia peruana. “Conversamos com a líder de uma comunidade indígena que conseguiu barrar o projeto de construção de uma hidrelétrica que forneceria energia para o Brasil”, conta Eliza. O plano da equipe é usar o material coletado nas viagens para um longa-metragem.
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