A DIVERSIDADE VENCEU O MEDO

Meu primeiro post desta viagem era sobre o humor dos americanos. Antes da eleição pude perceber que os comissários de bordo da Delta Airlines, os oficiais da imigração e as pessoas andando freneticamente por Manhattan, estavam diferentes. Agora, depois da eleição de Obama parece que os americanos vão realmente se encontrar como um povo aberto, amante da diversidade e admirado mundialmente por isso.

Obama foi eleito com cerca de 65% do voto jovem (abaixo dos 35 anos) – pessoas que estão conectadas com culturas e opiniões diferentes, seja através da internet , seja pelas novas relações de consumo em que estão inseridas. Foi de Obama também a maioria do voto latino: a Florida, por exemplo, e seus milhões de votos de descendentes de cubanos e mexicanos – e que já fora vilã dos democratas com aquela confusão que elegeu Bush em 2000 – votou em Obama agora. Os negros, claro, votaram todos nele. E nas regiões mais cosmopolitas, Obama beliscou também muitos votos do branco americano tradicional, que normalmente votaria nos republicanos. A diversidade venceu o medo.

O clima por aqui é de tanta esperança e bom humor, que muitos especialistas apostam que mesmo os RED NECKs – ultra nacionalistas das pequenas cidades americanas – que votaram em MAcCain e acreditam em Sarah Palin, estão gostando do que está acontecendo. Obama definitivamente pode unir o país.

Os EUA, que estavam em baixa pelo mundo e sempre foram reconhecidos pela arrogância e prepotência, podem se tranformar na prática naquilo que sempre falaram ser: líderes do mundo livre. Obama reúne todos os atribuitos para ser o grande articulador de uma nova era mundial baseada na paz, no respeito ao meio ambiente, no emprego das novas tecnologias para o bem coletivo e na inclusão social. Tudo isso acontecendo dentro de um ambiente forjado sobre mais profunda diversidade cultural, onde todos se misturam e se respeitam.

Oxalá Barack!