Estudo
A vida possui um fim em si mesma, ou é um meio para se chegar a algum fim?
Viver traz em si algum prazer? Há alguma satisfação no fato de se estar vivendo em um mundo de relações? Mesmo com tudo que consiste o quadrado da vida de cada um de nós? Dá para viver sem planejar o amanhã? Somos capazes de encarar a vida, sem transferir para depois?
O pós-modernismo indica que passado já se foi. O futuro não esta mais à mercê das consequências históricas. Hoje se vincula às infinitas possibilidades humanas. Talvez sejamos os futuros viajantes das estrelas ou apenas mais uma das espécies extintas em uma terra calcinada ou afogada... Tudo, mas tudo mesmo que foi imaginado e o que não foi sequer lembrado, é bem possível que aconteça. Resta-nos o agora; o instante imediato. Somos pessoas dos décimos de segundos.
Esta seria uma corrente de pensamento que acredita que no ato de viver esta encerrado o objetivo da vida.
Outra corrente radicalmente oposta aposta em futuro a partir de ideologias de transcendência. Postulam um mundo de justiça, amor e bondade no pós-morte (Céu, Nirvana, Plano Superior...) para aqueles que procederam conforme as regras de salvação de cada ideologia.
Há um meio termo. Viver o presente o mais intensamente possível, dentro de uma perspectiva de formação pessoal. Quer dizer: em um futuro não muito distante e possível, nos esforçarmos para conquistarmos novos patamares de conhecimento, de bem estar social e econômico. Esse é o “futuro do presente” como no caso do verbo. Quer dizer um futuro que pertence e esta condicionado ao presente.
E como ficamos? Talvez com o presente sem história e imediato. Ou com as ideologias que pregam uma vida melhor em outros planos. Ou ainda, essa outra que mistura um pouco das duas propostas e cria uma terceira opção?
O que fazer para nos tornar felizes, satisfeitos com a vida e realizados? Mas daí a gente questiona: e isso dura? A nossa noção é de que nada dura para sempre...
**
Luiz Mendes
22/11/2012.