Temos que errar para poder acertar? Não há possibilidade de acertar sem errar?
Três Questões
Erros
Será que a vida se compõe mesmo de erros e acertos? Temos necessariamente que errar para poder acertar? Não há possibilidade de acertar sem errar? Estamos condenados ao erro?
De minha experiência pessoal posso afirmar que aprendi muito mais com erros do que com acertos. Quando acertava, persistia somente naquele caminho. Ao errar ficava remexendo a todo instante, querendo criar novos enredos, sem me conformar. Então aprendia muitos outros caminhos. Há erros que me assombram há anos, talvez décadas. Nenhum acerto dura tanto, eles não nos impressionam tanto assim. Da mesma maneira que as lembranças da alegria desaparecem e as recordações da dor permanecem para sempre. Não respondo a essas questões. Apenas dou opiniões pessoais sem definir nada e as deixo em aberto para quem queira responder.
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Família
O que é família? Conjunto de pessoas aparentadas por consanguinidade? Ou outra atitude do instinto humano para preservação da espécie?
Do que entendo, me parece que antes de tudo Família é um grupo de seres (não necessariamente humanas, pois outros animais também possuem o instinto familiar.) que giram em torno da formação de seus elementos mais novos. Claro que hoje também família tem escolha e prazer de estar junto. A consanguinidade vai perdendo importância muito rapidamente. Creio que nós não lutamos mais para preservar a espécie. Essa meta já foi alcançada. Temos condições até de destruí-la toda, se quisermos. Agora nossa função é melhorar a espécie, tornando-a cada vez mais eficiente e dominante (as próximas gerações estarão a caminho das estrelas). A idéia de família, no meu ponto de vista, nos exclui. Nós não importamos; importam as próximas gerações, a evolução da espécie. No entanto, seria ótimo saber a opinião de outras pessoas.
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Trabalho para ex-presidiários
Coloquei-me na posição do empresário diante da necessidade emergente de se dar emprego ao ex-presidiário. Uma de suas preocupações deve ser como ele poderia saber quem é aquele homem que se pretende que ele empregue. Como ele colocara em sua empresa alguém que ele não conhece e, por consequência, não pode confiar?
Acredito que minha resposta a este problema auxiliaria o homem preso mais até que este egresso dos presídios que esta correndo atrás de criar sua oportunidade.
Garantir ao empresário acesso à ficha comportamental do egresso que ele pretende empregar, enquanto ele esteve preso. Dessa maneira obterá um mínimo de informações (disciplina, escola e trabalho) sobre o perfil daquela pessoa para poder optar por empregar ou não. Lincoln dizia, em outras palavras, que é possível enganar alguns por algum tempo, mas não a todos o todo tempo. Na prisão o homem preso tem seu espaço reduzido por muito tempo. Impossível enganar a todos o tempo todo naquele espaço exíguo. Essa idéia incentivaria o preso ao bom comportamento; à freqüência e aplicação na escola, leituras, aprendizados e no trabalho dentro da prisão. O que refletiria profundamente no andamento da prisão. Estou sendo ingênuo? Talvez...
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Luiz Mendes
27/01/2010.