Quem será o campeão brasileiro do super surf 2001?
Um novo nome vai entrar na galeria dos campeões nacionais de surfe, já que, entre os quatro atletas que têm chances, nenhum ainda chegou ao título
Créditos: Henrique Marianno
Por Redação
em 29 de outubro de 2001
A definição do campeão brasileiro de surfe profissional de 2001 ficou para a última etapa. Equilíbrio e renovação definem o atual circuito.
Desde a criação do Super Surf, no ano passado, em 11 etapas, ninguém venceu duas provas, e os dois primeiros, Tânio Barreto e Odirlei Coutinho, disputam só a segunda temporada na elite nacional. A mudança do formato da disputa contribuiu para isso.
Após o modelo de transição em 2000, quando 80 atletas disputaram o título, neste ano o padrão é do WCT, com 48 competidores e baterias homem a homem – ou mais tempo para os surfistas mostrarem suas habilidades.
E seguramente um novo nome entrará na galeria dos campeões nacionais, já que, entre os quatro atletas que matematicamente têm chances, nenhum chegou ao título.
Em sua 15ª edição, o circuito terá seu décimo campeão. Além de Tânio e Odirlei, Dunga Neto, quarto colocado, e Guga Arruda, quinto, completam a lista dos possíveis campeões.
Wagner Pupo, apesar de terceiro, está fora devido ao critério de descarte: apenas os quatro melhores resultados serão computados. Está pintando um campeão sem pinta de campeão.
Até hoje, exceção talvez a Paulo Mattos, campeão do primeiro ano do circuito, em 87, e Jojó de Olivença em seu primeiro título, todos os outros, Pedro Müller, Tinguinha, Joca Jr., Peterson Rosa, Ricardo Toledo, Victor Ribas e Fábio Gouveia, fariam parte de qualquer possível lista de favoritos nos anos em que alcançaram seus títulos.
Neste ano, ao contrário, alguns dos nomes mais cogitados vão ter mesmo é que ralar nas últimas etapas do Super Trials, o circuito de acesso, se pretendem continuar na elite em 2002. E não será fácil.
Nesse ranking, que promove 15 atletas, a disputa segue o mesmo padrão da divisão principal. Um bom exemplo é o paranaense Jihad Kohdr, que há duas semanas conquistou o título nacional na categoria júnior e ocupa a segunda colocação no Trials. Com ‘guerra santa’ no nome, ele é presença garantida na elite de 2002.
A etapa do Rio, na Prainha, na semana passada, coroou o bom trabalho que vem sendo realizado no Super Surf. A praia, devidamente preservada das agressões ecológicas graças ao movimento promovido por surfistas, é o paraíso do surfe carioca e contribui com boas ondas para a realização da melhor prova do ano.
Na final da categoria feminina houve o confronto entre a mais nova e a mais velha atleta do circuito. Taís de Almeida, 16, alcançou sua primeira vitória profissional, deixando a campeã brasileira de 98, Brigitte Mayer, 33, em segundo. Andréa Lopes, líder, e Juliana Guimarães, segunda, são as únicas com chances de título.
No masculino, Danilo Costa, embalado com o quarto lugar em Newport, na Califórnia, no WQS da semana passada, chegou ao Rio elevando recordes de pontuação na prova. Foi à final derrubando favoritos e estabeleceu a melhor marca da temporada, com 24,17 pontos, soma das suas três melhores ondas para vencer Guga Arruda.
Danilo, que era o 40º, subiu para 13º e, com a vaga nacional garantida para 2002, vai se dedicar ao WQS para finalmente obter a vaga na elite mundial que há anos tenta alcançar.
A decisão fica para Imbituba (SC), de 7 a 11 de novembro, uma locação que poderia ser renovada nos próximos anos. WCT Devido aos atentados em Nova York, a perna européia mudou. O Figueira Pro, em Portugal, quinta etapa, foi adiado uma semana e começa na segunda.
O mesmo ocorre com o Quiksilver Pro, evento móvel na França, e o Billabong Pro, em Mundaka (ESP).
Culturais Nesta quinta-feira na Unimonte em Santos haverá a apresentação do Projeto Universidade da Prancha. E a Assembléia Legislativa do Estado promove a semana do surfe paulistano a partir de segunda, com homenagem a Paulo Tendas, exposição de 45 pranchas históricas, vídeos e instrutores, entre eles Picuruta, com entrada franca.
Corrida de aventura Com 400 km, acontece na Suíça o Mundial do Discovery Channel. A inglesa Carolyn Jones, 33, sofreu um grave acidente: ficou presa na canoa, saiu da água quase sem o pulso e continua hospitalizada.
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