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Pérolas de Pixinguinha

Maxixes, polkas, marchas, choros e até um tanguinho

Pérolas de Pixinguinha

Por Redação

em 21 de setembro de 2005

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Pixinguinha – No Tempo dos Oito Batutas (Victor)

Os aventureiros do Projeto Revivendo conseguiram, há alguns anos, a façanha de reunir pela primeira vez num só álbum todas as gravações feitas pela formação original do primeiro conjunto de samba fundado por um certo Alfredo da Rocha Viana, filho de ex-escravos, quando tinha 22 anos. Além da flauta e do saxofone de Pixinguinha, os Oito Batutas trazem a voz e o violão do seu irmão mais velho Otávio Viana (China), o banjo e o violão do também lendário Donga, mais o cavaquinho de Nelson Alves, o bandolim de Zezé de Lima, a bateria de J. Thomaz, o piano de J. Ribas e o violão de Josué Barros. O sucesso foi tanto que excursionaram por todo o Brasil e fizeram, em 1922, uma temporada explosiva numa Paris efervescente de jazzistas americanos. São 20 pérolas representativas dos gêneros da época do nascimento do samba – maxixes, polkas, marchas, choros e até um tanguinho. É de se lamentar apenas a falta de uma remasterização que recuperasse suas nuances percussivas. Mesmo assim, não há como não se comover, por exemplo, com a brutal delicadeza de Lá-Ré, escrita pelo próprio Pixinguinha. É ouvir e pensar tudo bem, vá lá, a vida de vez em quando ainda faz alguma droga de sentido… Na boa: a matriz deste disco deveria ser tombada pela ONU como patrimônio da humanidade.

[Fred Zero Quatro,cavaco, guitarra e vocal do Mundo Livre S/A]

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