O Tour de sonho do Slater

por Carlos Sarli

Kelly Slater negocia com a ESPN Internacional para promover um circuito paralelo ao WCT

O que era rumor, fofoca, virou notícia há cerca de um mês no “The Noosa Journal”, da Austrália. O jornalista Phill Jarret, ainda oficiosamente, deu forma ao que seria o circuito alternativo ao Mundial de surfe da ASP. Enquanto Slater competia no Brasil, seu empresário, Terry Hardy, estaria negociando com a ESPN Internacional para viabilizar oito provas no ano que vem, com 16 atletas e US$ 1,5 milhão em prêmios em cada etapa.

O número pequeno de competidores, e como eles seriam definidos e posteriormente renovados, é um dos pontos mais discutíveis do Slater’s Dream Tour. O critério de julgamento também seria diferente do atual, procurando valorizar o desempenho que mais emocione o público. Tudo para culminar num formato televisivo, algo que se busca há anos sem sucesso no surfe.

Na semana passada, carregando uma prancha, Kelly Slater concedeu entrevistas na chegada ao Staples Center, ginásio em Los Angeles onde aconteciam os XGames, organizados pela ESPN. E ontem o jornal “The Australian” publicou uma matéria na qual Slater deixa clara a intenção de promover um circuito paralelo ao WCT.

Destacando que não necessariamente competirá no potencialmente lucrativo novo “rebelde” circuito (duvido) nem investiu no projeto (acho que ele quis dizer dinheiro), Slater reconhece que a “ASP tem provido pra mim e muitos outros uma longa vida de sonho e eu sou eternamente grato. Mas as coisas mudam e a ASP tem que aceitar” e reforça que “muita gente” se recusa a trabalhar com a ASP.

O WCT é todo patrocinado por marcas do segmento, basicamente pelas três maiores, que também patrocinam os atletas, e a ideia é trazer dinheiro de fora, e grosso, para o novo circuito. A proposta já ganhou adeptos de peso. Bob McKnight, CEO da Quiksilver, comprou a ideia, considerando que há espaço para os dois circuitos.

A organização dos surfistas, WPS, pressiona a ASP por mudanças, especialmente na premiação, e vê com simpatia a proposta de Slater, mas não concorda com o número reduzido de atletas. Já a ASP, até agora, se cala.

MUNDIAL DE KITESURFE – PKRA
Última e decisiva etapa da modalidade regata acontece em Barra do Cunhau, RN, semana que vem, e decide também o campeão brasileiro.

WAKEBOARD A CABO
Inaugurado em maio em Jaguariúna, SP, o Naga Cable Park substitui a lancha pelo cabo para a prática e em setembro terá prova inédita do Circuito Paulista.

SÓ PARA MULHERES
A segunda etapa do Circuito Petrobras, amanhã e domingo na praia Tombo, Guarujá, reúne meninas nas categorias profissional, open, longboard, junior, mirim e infantil.

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