Às vezes pode ser duro e chocante, mas é preciso encarar de frente se não quisermos estar tão distantes da realidade que nos cerca. Alienados sempre estaremos. De há muito a rapidez da informação e a transformação do conhecimento ultrapassaram a nossa capacidade de acompanhar. Não há como saber tudo. Os últimos homens enciclopédicos (sabiam tudo o que se sabia em seu tempo.) viveram há milênios. Há quem reconheça em Hegel (1770-1831) o ultimo dos homens enciclopédicos. Muito dificilmente já em sua época; cheira a lenda cultural.
Mas não há como negar: nesse nosso tempo/espaço “não sei” e “não conheço”, não existem mais. Embora não sejamos capazes de saber tudo, já somos capazes de armazenar virtualmente tudo o que há para se conhecer. Portanto, temos acesso a todo conhecimento e informação que a humanidade acumulou. O analfabetismo digital hoje é quase um crime, motivo de preconceito até.
Hoje nós já sabemos qual o melhor momento para se viver a vida, onde é o melhor lugar para se existir e onde esta o topo do mundo.
Agora. Não há nada além do momento presente. Aqui. É tudo o que temos. O quadrado em que nos situamos e que a partir do qual podemos nos expandimos para além. Um ponto de partida, uma encruzilhada. O topo do mundo é o tempo/espaço glorioso em que se luta por atingi-lo.
Sim, somos capazes de saber até onde nosso entendimento alcançar. Aqui e agora é sobrevivência e ultrapassagem em nossa busca pelo topo de nosso mundo.