Pessoas
As pessoas cada vez mais
Parecem desprovidas de sonhos
Como se o tédio
Fosse o senhor brutal de suas almas.
Vivem o torpor de águas paradas,
Não conseguem nada que faça parte
Do concreto, do substancial.
Perdidas, sem noção
Enquanto a alma pulsa de incertezas.
Mergulhadas em poços infectos de medo
Fogem da vida no individualismo
Desconfiadas, afogadas em angústias
E na falta de sentido de viver.
Selvagens e cativas
Rodopiam como vastos navios
Latejando em círculos ao clarão das estrelas
Longe de perceber que a única saída
Esta em aproximar, se envolver
E tornar suas existências
Importante para as outras pessoas.
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Luiz Mendes
11/11/2014.