A série limitada de sneakers batizada de Vinilhead é lançada este mês pela Nike
por Endrigo Chiri Braz | vídeo Marco Grilo
Quando uma boa música invade os ouvidos, atinge o sistema nervoso, chapa o cérebro, se ela for boa de verdade, domina tudo e chega aos pés, na forma de passinhos de dança. Isso para o ouvinte comum. Para os DJs e produtores, os fios condutores, encarregados de levarem boas batidas aos tímpanos da massa, a música está em toda parte, 24 horas por dia, sete dias por semana. E não teria por que os pés ficarem de fora. Ciente disso, o último lançamento de sneakers da Nike no Brasil em 2007 é o Blazer Vinilhead.
Não adianta. Chegou a fita cassete, o download virtual, o mp3 player, música no celular, o diacho a quatro, mas, apesar de todos eles terem suas vantagens, só o bom e velho disco de vinil tem charme e sonoridade imbatíveis. Ao passo que nunca morrerão, sempre serão dignos de homenagens, ovação. Está aí mais uma. Inspirado na forma e som do bolachão, os três modelos da série limitada Vinilhead receberam ainda as idéias de quatro DJs, produtores e fiéis defensores do LP: Zé Gonzáles, Marky e a dupla MixHell, formada pelo casal Iggor Cavalera e Laima Leyton.
Além da música, os quatro dividem também o amor por tênis, assim como dividem o espaço reservado para suas coleções de discos com a coleção de sneakers. Tanto que Zé Gonzáles e o casal MixHell já foram os Sneakerheads de edições da revista Sneaker Trip, que vem encartada junto com a Trip a cada três meses. Desenvolvido inteiramente no Brasil, o Vinilhead tem como base um clássico da Nike dos anos 70, o Blazer, e vem com cabedal trabalhado em vinil sobre couro preto, que reproduz as ranhuras que “carregam” o som nos vinis. Com solado autoclave de borracha na mesma cor, cada modelo (Zegon, Marky e MixHell) vem com kits exclusivos com cadarços extras e medalhas especiais que fazem referência às suas fontes de inspiração.
O Blazer Vinilhead será lançado em dezembro e estará à venda com exclusividade nas lojas ArtWalk por R$ 299,90. E que o lançamento desta série sirva para inspirar o governo e o Ministério da Cultura para dar uma força à Polysom, única fábrica de discos de vinil do Brasil, que vive a perigo de fechar. Tem coisas nesta vida que não podem morrer!