A convite da Trip, quatro iogues dedicados comentam sobre esse potente caminho de transformação do corpo e da vida
Zé Miguel, 37 anos
Uma lesão na coluna transformou a vida do moçambicano. Professor de ioga há oito anos, Zé Miguel confessa que torcia o nariz para a prática até seu primeiro contato com a ioga. Aos 24, morando em Los Angeles, “era um atleta de ponta”: corria, fazia ginástica olímpica e nem sonhava com o dia em que acordaria sem conseguir se mexer. Até que aconteceu, Zé sofreu um deslocamento em uma vértebra. “Isso me assustou. Eu pensei que estava no auge da minha força”, lembra. O médico sugeriu choques de cortisona, mas Zé preferiu a fisioterapia e os alongamentos na praia. “Certo dia, meus amigos combinaram de assistirem juntos a uma aula de ioga. Fui e saí de lá com o corpo completamente sensível, transformado”, conta. Desde então ele se dedica à iogaterapia. Há dois anos e meio, mudou-se para o Brasil e deixou o emprego na área de ecologia para dar aulas. As dores foram embora sem que Zé tenha precisado de uma única dose de anti-inflamatório.
Vai lá: Zé dá aula na Gam Yoga (gamyoga.com.br)
Ricardo Miranda, 42 anos
A concentração de Ricardo é tamanha que seus olhos demoram a piscar. O iogue acumula mais de 20 anos de prática diária, complementada pelo treino de jiu-jítsu – ele é faixa preta – e por uma dose de meditação. Segundo Ricardo, as práticas físicas ajudam a ter uma vida mais saudável, mas a ioga é uma oportunidade para uma transformação radical, “desde a pele até a sua camada mais profunda, que é o seu próprio eu”. Ricardo tem uma guru, Amma, líder espiritual e humanitária indiana conhecida por distribuir abraços e por sua extensa obra social. Em 2006, ele embarcou para a Índia para conhecê-la. Na rotina do ashram, ensinamentos, meditação e muita prática de ioga. “Desde o momento em que a conheci, minha vida se transforma a cada instante e em todos os aspectos. Sem um mestre não tem como alcançar o verdadeiro autoconhecimento”, explica. Ricardo é um dos cinco brasileiros com formação e permissão direta da Amma para ensinar sua técnica de meditação.
Vai lá: Agende sua aula no Prana Yoga e Jiu-Jítsu pelo e-mail ricardo@pranavirtual.com.br
André Meyer, 48 anos
Fugindo da crise política da Era Collor, André foi para a Inglaterra e descobriu o trabalho como body piercer. Ao aprofundar seus estudos na prática de furar o corpo, encontrou na Índia o berço da modificação corporal e fez as malas para mergulhar nesse universo – em uma tangência da vida, descobriu a ioga. Em 1994, fixou residência em Goa e começou a trabalhar em um estúdio de ioga, inspirado por mestres locais: “Quando eu ficar velho, quero ser igual àqueles caras”. Há 14 anos, o body piercer mais famoso do Brasil pratica ioga diariamente. Ser professor nunca esteve nos seus planos. “Eu fazia algumas viagens de moto com amigos e, durante as paradas, praticava. Rolava uma curiosidade e eles me pediam para ensinar”, conta. Em 2012, depois de fechar a loja Body Piercing Clinic e tirar um ano sabático em Florianópolis, André voltou a São Paulo e começou a dar aulas. “Quando chego em uma festa e digo que não bebo mais, que não como carne, as pessoas estranham, já que eu tinha uma vida bem maluca antes”, diz. “Eu só troquei algumas coisas por outras”, desconversa.
Vai lá: André dá aula na Gam Yoga (gamyoga.com.br)
Fernando Pacheco, 35 anos
Os resultados físicos da prática constante de ioga são evidentes. O que ninguém enxerga é o reflexo dessa mudança no comportamento, explica o professor Pacheco. “É algo que me ajuda a ter disciplina. Eu precisava focar a energia que tinha e foi o caminho que encontrei”, conta. Pacheco começou a praticar com 16 anos, junto com os amigos de surf. Foi dar aulas em uma academia enquanto ainda estava na faculdade de desenho industrial. Ganhava pouco, mas encontrou ali o que o ambiente do design não lhe oferecia. “O trabalho com a ioga é tão intenso que chegou em um ponto em que eu não via mais sentido em outra coisa”, lembra. Além de dar aulas, ele estudou massagem ayurvédica e atua como massoterapeuta. Nunca mais largou a ioga, que pratica todo dia, “senão me sinto esquisito”.
Vai lá: Pacheco dá aula particular (entre em contato pelo pachecosadhakayoga@hotmail.com)
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