Perdidos
Gostamos das coisas fáceis e não pretendemos nos magoar. O problema é que por conta disso, nos perdemos no que nominamos de auto-suficiência e que (desculpem-me o atrevimento) chamo de individualismo. Já não precisamos de ninguém. Não temos tempo para ninguém, além de nossos interesses. Vivemos mergulhados no medo desesperado de sofrer. Gastamos o que há de mais precioso, que são as horas de nossa vida, tentando nos assegurar que ninguém penetre ao nosso esconderijo individual.
Que pena, não é mesmo? Triste fim. E era para a gente fazer sempre mais, amar mais, acreditar mais, servir mais, ir além, ultrapassar, vencer desafios... Tanto que morrer por isso seria uma morte honrosa e desejável.
**
Luiz Mendes
22/12/2011.