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Lixo de artista

Latinhas com húmus que podem custar muito

Edgar Duvivier e suas latinhas recheadas de matéria orgânica

Edgar Duvivier e suas latinhas recheadas de matéria orgânica / Créditos: Divulgação


Por Millos Kaiser

em 11 de outubro de 2013

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Edgar Duvivier, músico, artista e pai do Gregorio, aquele do Porta dos Fundos, lançou uma campanha para financiar um projeto chamado O Atelier. Além de uma página no Catarse, a rede brasileira de crowdfunding, ele colocou à venda 90 latinhas hermeticamente fechadas contendo o húmus que resulta dos sucos de frutas e legumes que ele gosta de preparar pela manhã. Junto vai uma semente de pitangueira.

A ideia foi emprestada do artista Piero Mazoni, que, em 1931, vendeu o mesmo número de latinhas recheadas, no entanto, de sua própria matéria orgânica – sim, suas fezes. Custavam US$ 400. Três décadas depois, uma delas foi arrematada por US$ 67 mil em um leilão da Sotherby’s. “Se tudo correr bem, daqui a alguns anos, minhas latinhas estarão custando milhares de dólares também, e quem comprar terá feito um ótimo negócio.

Se não for tão bem, a pessoa terá adquirido uma latinha com húmus e uma pitangueira em potencial, pronta para virar árvore e dar frutos”, diz Duvivier. O Atelier consiste em um curta-metragem – com Maria Clara Gueiros e Gregorio no elenco – sobre questões espinhosas da arte (valor, falsificação, originalidade etc.) e uma exposição no Parque das Ruínas, no Rio de Janeiro, de 17 de novembro a 15 de dezembro.

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