Kikos Marinhos
Se você tem mais de 25 anos, deve se lembrar da coqueluche desses bichinhos minúsculos que nasciam de cristais químicos
Por Redação
em 21 de setembro de 2005
Abaixo os Pokémons e Digimons. Chega de fantasias digitais e mascotes virtuais. Legal mesmo são os bichos analógicos, aqueles de verdade, que a gente vê crescer e morrer. Assim eram os Kikos Marinhos, microcrustáceos – artêmia salina, que serve de alimento para larvas de peixe -, remanescentes da era paleozóica (de 600 milhões a 280 milhões de anos atrás), vendidos no começo da década de 80, para serem criados em casa, dentro de um aquário.A idéia de transformar ovos de artêmia em brinquedo de criança nasceu nos Estados Unidos nos anos 60. Conhecidos por lá como Sea-Monkeys, eles tinham três olhos, quatro antenas, uma infinidade de patas, e dobravam de tamanho a cada dia, deixando as crianças maravilhadas e os pais ensandecidos. O kit dos Kikos era composto de três envelopes que continham, além dos tais cristais químicos, misteriosas substâncias capazes de recriar as condições naturais do hábitat primitivo. Bastava despejar tudo na água e esperar os monstrinhos crescerem.No Brasil, eles só foram cultivados de maneira tosca, em reles aquários, antes de sumirem do mapa. Trazidos na mala de um argentino, que se juntou a empresários brasileiros para produzi-los aqui, os sócios resolveram copiar tudo do produto de nossos hermanos, inclusive a propaganda. Faturaram 500 mil dólares em quatro meses, mas só até o verdadeiro dono do negócio, um outro argentino, ficar sabendo da pirataria e tirar o produto de circulação. Se você quer reviver os bons tempos, clique no site www.amazon.com e encomende um Sea Monkeys Ocean Zoo por apenas 6,99 dólares. Depois, é chamar os amigos e apresentar seus mais novos chapinhas.
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