Khajuraho é sedução

por Redação

A viagem de Arthur está quase no fim, mas há ainda há tempo para visitar palácios eróticos

Mais notícias chegam diretamente do festival Kumbh Mela, na Índia. Arthur Veríssimo teve mais encontros com personagens locais, visitou templos eróticos, pegou gripe e, claro, reclamou do calor.

Na quinta-feira, 15/04, foi só moleza: "Participei de um puja do fogo [ritual hinduísta de purificação] com Prem Baba. Na sequência fui conhecer seu guru pessoal. Terminei o dia recebendo uma vigorosa massagem". As experiências vão ficando mais intensas: "Registrando imagens e situações alem da imaginação. Uma verdadeira colcha de retalhos daquilo que muitos desejam ver e provar. A quantidade de pessoas transitando pela estrada entre Rishikesh e Haridwar é monumental. Parece um êxodo do final dos tempos".

Nessa salada humana misturam-se tantos costumes religiosos quanto hábitos menos enobrecedores da alma e do corpo: "Fumantina crônica nos acampamentos da galera".

Na sexta, 16, o cansaço cobrou seu preço: "Viagem terminales de Haridwar para Delhi. Acordei com uma gripe seca e cabulosa. Naga-Baba passou esta flu para o meu corpo". "O resfriado indiano instalou-se no meu aparelho. Nem com benção de brâmane ou medicina Ayurveda melhora. O que transcende é a alegria".

Mas nem os vírus são capazes de parar Arthur, que vai fundo no festival da diversidade e segue achando seus personagens: "Tenho uma imagem bizarra de um moleque Naga. Ele levantrou-se da fogueira e tinha uma sineta de bronze engatada no seu PERU coberto de cinza".

Conexão Kama Sutra
No dia seguinte a aventura se deslocou para Khajuraho, cidade famosa por seus templos recheados de esculturas eróticas.

"Caldeira fervilhante no âmago de Khajuraho. O pequeno vilarejo é o epicentro da dinastia Chandela. As cenas eróticas nos templos sao demais. Os mistérios e segredos borbulham na meca dos amantes e fieis do Kama-Sutra. As Apsarás [espíritos femininos] saltam das esculturas no templo de Shiva. Maithuna [união sexual em um contexto ritualista] florescente", se empolga.

Viajo porque amo, volto porque preciso
Arthur, assim como muitos viajantes, está enfrentando dificuldades para encerrar sua jornada por causa da erupção do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia: "A situação dos voos para Europa saindo da Índia está braba. A maioria dos aeroportos estão fechados. Vou de barco?". Aliás, Arthur conheceu o hoje tão falado vulcão em uma viagem à Islandia em 2008. "O local é maravilhoso. O vulcão na época estava silencioso. 2012"

Quem sabe é lembrando dessa viagem Arthur manda sua corriqueira reclamação: "a temperatura aqui nesta área suavemente quente está entre os 46 a 49 graus. Vento, só daqui três meses. Liga o ar condicionado?".

Nosso repórter excepcional está chegando ao fim da jornada suado, cansado, gripado, porém cada vez mais perto da iluminação: "Estou trabalhando para transformar o jogo do sofrimento no jogo da alegria. Na vida, e no dia-a-dia, é a experiência que faz o conhecimento se transformar em sabedoria". Passada a crise aérea vulcânica, Arthur estará de volta, cheio de imagens, entrevistas e novidades, que prefere manter em segredo, por enquanto: "Os segredos tem que ser preservados para aquecer a curiosidade. No balaio das reportagens estou levando histórias e fatos incríveis".

Siga o restante da épica viagem pelo twitter de Arthur Veríssimo: http://twitter.com/verissimoarthur

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