Aos 18 anos, a viajada moça se sente pronta para mostrar as formas para a Trip

Quando fez 13 anos, Keli ganhou um L de presente. Virou a Kelli Aguiar, sugestão da agência. A mesma que a despachou para o Japão, onde a rebatizada Kelli acordou no meio do seu sonho da recente infância: estava brincando de Barbie em cima da cama, enquanto suas colegas de apartamento, duas russas muito loucas, tiravam onda da ingenuidade da mais nova modelo em Tóquio. Ela chorava tanto, tadinha. E, pelo telefone, seu agente bufava como se a infância fosse uma falha de caráter. “Engole o choro, menina. Você tem que ser profissional.”

Profissional ela foi. Rodou continentes, mofou em castings e exibiu a forma em fase de maturação com o bom senso que aprendeu em casa, no interior do Rio Grande do Sul. Tanto que passou ilesa pelo desandado glamour da vida louca de noitadas e substâncias controversas. E desconversou como uma dama quando, aos 15 anos de idade, ofereceram um cachê polpudo para um trabalho mais, digamos, privativo em um hotel de São Paulo.

Hoje a coisa mudou, veja bem. Madura e viajada, a veterana está com seus 18 anos completos. Assume tranqüila a falta que os estudos brecados na sétima série faz. E agora, em velocidade cruzeiro, planeja um supletivo para tirar o atraso e estudar gastronomia. Inspirada, possivelmente, pelo namorado dono de restaurante, com quem divide um apartamento em São Paulo. “Antes só tive um namorado, mas com uns 12 anos. Nem gostava dele, nem beijo eu dava. Esse não, esse é sério. Bem sério”, decreta, certa do que quer, como sempre – desde os. 13.

Agora que a lei permite, e que bateu vontade, Kelli debuta aqui em um ensaio nua. Só não contou para o pai, ciumento, tadinho, que só vai saber quando passar na banca da cidade. A mãe apóia, sempre apoiou, desde que deixou a rebenta embarcar para o Japão. Mas mesmo do alto de seus longos 18 anos, assim que tirou a blusa para o primeiro clique, mais bíblico, lágrimas incontidas desceram pelo rosto da quase menina. Sorte que por aqui ninguém acha timidez falha de caráter. “Chora, Kelli. Chora que acalma.” Não é que acalmou a danada?

Coordenação geral Adriana Verani Produção Marina Manzoli e Andréa Bueno Make/hair Cecília Macedo (Glloss)
Agradecimentos Ambientação e Decoração NiNaVila Cobasi (11) 3831-8999 L’Oréal Contém 1g e Thais Gusmão

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