Sucesso de público na Argentina, filme retrata memória do diretor Benjamín Ávila na ditadura
Estreou nesta semana no país o filme Infância Clandestina, maior sucesso do cinema argentino no ano de 2012, que conta com uma história baseada em fatos reais em meio aos anos de chumbo da ditadura no país.
Produzido em conjunto entre Brasil e Argentina com direção de Benjamín Ávila e roteiro co-escrito entre o diretor e Marcelo Müller, o filme conta o cotidiano sob a repressão no país de acordo com a visão de um menino que descobre o primeiro amor em meio aos tumultos políticos.
No elenco estão Natalia Oreiro, Ernesto Alterio, César Troncoso, Teo Gutierrez Moreno, Douglas Simon, Mayana Neiva e Cristina Banegas, todos com atuações elogiadíssimas na imprensa latina. O filme é o indicado da Argentina para a disputa de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar do ano que vem, que acontece no primeiro semestre de 2013.
"Essa pequena história representa a vivência de muitos meninos na última ditadura militar na Argentina (1976-1983) e também representa a minha. Entre meus 4 e 7 anos, vivi muito perto do movimento revolucionário da Argentina mais importante no século XX, chamado Montoneros", explicou o diretor no material de imprensa.
"Minha mãe pertencia a esta organização e vivi com ela em exílio e clandestinidade em 1979, retornando ao país para executar a 'La Contraofensiva', uma operação concebida pela cúpula da organização Monteneros para realizar a desejada revolução socialista."
"Infância Clandestina é a experiência de um universo desconhecido, que contém tanto contradições, quanto encantos da vida de militância. Onde havia medo e alegrias, amores e paixões. Você precisa rever esta história, de nós, que éramos crianças e também protagonistas. Podemos dar uma nova visão da história", concluiu.
Veja abaixo o trailer original do filme.
