Antes da globalização, as montadoras já fabricavam o mesmo carro em vários países
Antes da globalização, as montadoras já fabricavam o mesmo carro em vários países. A cara deles era a mesma; já o nome...
Opel Kadett, Vauxhall Chevette, Pontiac T-1000, Chevy Chevette, Isuzu Bellet, Buick Opel, Holden Gemini, Daewoo Maepsy-Na e Opel K-180. Pode não parecer, mas estamos falando do mesmo automóvel, produzido no Brasil entre 1973 e 1995 com o nome de Chevrolet Chevette.
A General Motors foi uma das pioneiras no desenvolvimento de “carros mundiais”, fabricando o mesmo carro em diferentes países – o nosso Chevette circulou em 12. O objetivo era bastante simples: poupar recursos desenvolvendo um único projeto que fosse capaz de atender, com pequenas mudanças visuais e técnicas, as necessidades e exigências dos consumidores nos quatro cantos do planeta.
Já a mudança de nome em diferentes regiões, mais do que uma estratégia mercadológica, muitas vezes se mostrava necessária por razões linguísticas. O que conhecemos como Mitsubishi Pajero, por exemplo, é chamado de Montero nos países de língua espanhola. Isso porque “pajero”, para nuestros hermanos, é uma gíria para punheteiro.
O Volkswagen Fox, desenvolvido inteiramente no Brasil e exportado para vários países, seria chamado de Tupi – palavra que soaria como “to pee” (mijar) em inglês.
Atualmente, vários modelos comercializados no Brasil têm outras cidadanias. É o caso do Honda Fit, chamado de Jazz no Japão e na Europa, do Kia Cerato (Kia Forte nos Estados Unidos) e do Nissan March (Micra nos demais países da América Latina). Por uma razão desconhecida, entretanto, alguns fabricantes asiáticos não dão muita importância para o significado dos nomes em países ocidentais e não veem mal algum em desembarcar no Brasil com automóveis chamados de Chana, Besta ou Picanto.