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Trip / Moda / Peru

por Redação
Trip #239

Três imigrantes contam como vieram parar em São Paulo e mostram caminhos para recomeçar

EDGARD ESPINOZA, 35 ANOS

Há pouco mais de um ano, a empresa de marketing em que Edgard trabalhava em Arequipa, no Peru, o mandou para o Brasil para um projeto de três meses. Ele gostou tanto que resolveu ficar. E ainda mudou de carreira. “Gosto muito de música, toco violão”, conta. “No Peru eu não trabalhava com isso, mas agora sim.” Além de tocar música criola peruana com amigos e com uma banda, chamada Fina Estampa, Edgard também trabalha numa fábrica brasileira de cajones (a Cajón Pithy), instrumentos de percussão típicos de seu país natal. “Gostei do ambiente, da gente”, diz Edgard, que trouxe também a mulher e a filha para o Brasil. “E sempre gostei de praia tropical. Quero morar na praia.”

 

VÍCTOR GONZALES, 37 ANOS

Peruano de Arequipa, Víctor estudou português na faculdade de letras de seu país e veio para São Paulo passar apenas alguns meses — ele tinha uma amiga aqui que cursava letras também, espanhol. Gostou e ficou mais um pouco, e depois mais, e isso foi há 14 anos. “Brinco com meus amigos que eu sou brasileiro dos Andes”, diz ele. “Que nem tinha o ‘brasileiro das Arábias’, que era o Nacib, de Gabriela, cravo e canela.” Víctor conta que hoje, depois de todos esses anos, se sente metade peruano e metade brasileiro. Ele volta ao país natal uma vez a cada um ano ou dois, dependendo das possibilidades. Além de trabalhar como tradutor, mantém um blog, El Heraldo de la Traducción, sobre tradução, literatura, edição de livros e mercado editorial.

 

EDGAR CHOQUE VILLEGAS, 30 ANOS

Edgar veio de La Paz para o Brasil há três anos, para passar apenas seis meses, visitando a família, em um intervalo do curso técnico de pedagogia que fazia na Bolívia. “Vim para ver como era uma cidade grande como São Paulo, conhecer coisas como o metrô”, conta. O dinheiro que ele trouxe, porém, não foi suficiente para voltar, e Edgar teve que ficar na cidade. Hoje, trabalha com costura, além de ser voluntário no Centro de Apoio e Pastoral do Imigrante (Cami), que dá orientação e auxílio para estrangeiros no Brasil. “No começo era muito difícil, difícil no trabalho, difícil aprender a língua, se comunicar com brasileiros”, diz ele, que pensa em voltar para a Bolívia daqui a dois anos. “Mas hoje estou tranquilo por aqui.”

 

Créditos

COORDENAÇÃO GERAL ADRIANA VERANI E ALEX BEZERRA BELEZA OMAR BERGEA PRODUTORA DE MODA VANESSA MARTINEZ ASSISTENTE DE BELEZA ANDREA BILLAFRANCA AGRADECIMENTO CAMI (CENTRO DE APOIO E PASTORAL DO IMIGRANTE) WWW.CAMIMIGRANTES.COM.BR

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