Uma Observação: Alguém rompeu meu e-mail e acabou com ele, e de propósito. Meu novo e-mail é Luizalbertomendes11@hotmail.com Não usem o outro que já era. Quem me escreveu de segunda para cá, por favor escreva ovamente, eu peço.
Fichas Sujas = Tolerância Zero
Outro dia a mesa diretora da Câmara dos Vereadores da Cidade de São Paulo proibiu a nomeação de 400 funcionários com a “ficha suja” em cargos comissionados. De certo uma medida saneadora, embora a lei das “fichas limpas” não tenha valido nas eleições passadas.
Não questiono o bloqueio. Eles devem saber por que tomaram tal medida. Questiono o princípio usado para a tomada de tal decisão. O Presidente da Câmara afirmou que não há nada mais lógico que cobrar dos funcionários aquilo que é cobrado dos vereadores. Ou seja: ficha limpa.
Mas, o funcionário não é o homem que, eleito pela sociedade, vai representá-la. Vai cumprir ordens e se errar, para ele a lei. Não tem foro privilegiado, não é preciso o assentimento de seus pares para processá-lo. A confiança que se tem nele é regida por lei. Já para os políticos, a confiança é sua liberdade de ação.
Isso é preconceito e contra os princípios e leis que regem nossa sociedade. Quem erra uma vez vai errar para sempre? Não há possibilidade de conscientização ou mesmo corrigir um erro da juventude? Porque se o funcionário seguir o critério usado pelo Presidente da Câmara Municipal, Vereador Police Neto, vai exigir “ficha limpa” das pessoas que trabalham para ele também. A cozinheira, a faxineira e outros. Esses, por sua vez, podem repassar.
A seguir esta linha de pensamento, o preconceito contra quem errou será repassado e os “fichas sujas” serão excluídos da sociedade. O que farão eles para sobreviver, sustentar seus dependentes e seguir em frente? Vão virar vendedores de rua, bandidos, traficantes, ou o que, se estão excluídos? Não haverá mais chances, tolerância zero?
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Luiz Mendes
04/04/2011.