Dualidade, como gostamos de ti!

por Luiz Alberto Mendes

 

Sim e Não

 

Podemos considerar como único fim útil ou ultimo motivo de viver a busca pela felicidade?

Sim e não.

Sim. Sequenciando esse raciocínio, deveríamos estar sempre em um desses três estágios: chorando a felicidade perdida; vivendo a alegria que é ser feliz; ou lutando com todas nossas forças para construir ou encontrar felicidade. Sim também se felicidade significar liberdade, satisfação em viver, participar com alegria de tudo que há de bom no mundo e nas pessoas.

Não. Não se felicidade significar posses de bens materiais ou se considerarmos que somente o dinheiro promove felicidade. Não se felicidade for possuir poder (psicólogos afirmam que o poder fascina mais que o dinheiro) sobre pessoas e coisas. Não se a euforia do consumo receber o crédito de felicidade. Não se a fama, a carreira artística ou qualquer tipo de envolvimento com o público for confundido com felicidade. Há até quem se sinta feliz na vingança, na miséria ou na infelicidade de outras pessoas. Nós humanos chegamos ao extremo de fazer o mal e sentir alegria com isso. Conheci, na prisão, pessoas que diziam sentir prazer até em matar. Vi gente bebendo sangue ainda quente de gente recém-assassinada. Os esquartejadores sentem satisfação em separar em partes suas vítimas...

Sim e não sempre. Outro dia eu disse que decidir é preciso, acerta não é preciso. Acho que prevalece a ideia de que só existem momentos felizes. E pensando bem, eles são tão bons e queridos que só nos resta procurá-los conscientes de sua brevidade, já que nada pode ser para sempre.

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Luiz Mendes

27/01/2013.

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