por Luiz Alberto Mendes

Desconcerto

 

Eu me assusto e me divirto

Com bobagens que parece,

Só eu percebo.

Vivo dividido entre o prático

E meus loucos devaneios

Sem saber a que lado pertenço.

Solidamente ambíguo,

Enrolado em minhas atrapalhadas,

Prossigo de teimoso por que errei

Onde era preciso que errasse.

Mas minha vida sempre foi minha

Nunca foi emprestada

Dá má vontade dos outros.

Procurei caminhos inexplorados

Quando era para desistir

Preciso viver em permanente recriação

Sem me importa se estou preso

Ao desconcerto que de viver

Faz parte.

                            **

Luiz Mendes

23/11/2013.

 

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