Decentralized Dance Party

por Millos Kaiser
Trip #220

”Se essa rua fosse minha eu ligava 200 boomboxes e botava 20 mil pessoas pra dançar”

Entradas a preços exorbitantes, drinks idem, seguranças truculentos, comandas limitando seu direito de ir e vir e, na pista, só carão. Faz tempo que clubes noturnos não são exatamente lugares festivos. “Cadê a jogação?”, se perguntavam os canadenses Ryan Stomberg e Gary Lachance, até resolverem fazer sua própria festa, a DDP (Decentralized Dance Party), três anos atrás, em Vancouver.

Ela funciona assim: Gary fica com um iPod na mão, ligado a um transmissor FM que ele carrega na mochila; mais de 200 rádios portáteis, estilo boombox, são sintonizados na mesma frequência do transmissor e distribuídos às pessoas. Depois é só dar o play para a mágica acontecer.

Qualquer lugar é lugar para uma DDP: estações de metrô, shoppings, praças ou pontes. Para financiar tudo, a dupla recorre a sites de crowdfunding. “Queremos provar que é possível fazer eventos de grande porte sem patrocínio de grandes marcas. Assim somos muito mais livres”, conta. “Penso que se divertir com estranhos em lugares públicos pode ser um ato político extremamente poderoso.”

Em breve, uma DDP pode estar perto de você. Está em curso uma campanha de financiamento para o projeto The Global Party Pandemic aka The Grand Unification Tour, que quer realizar edições da festa em todos os países do mundo. Sim, todos. Lachance e Stomberg não estarão presentes na maioria, obviamente. Mas prometem dar todas as instruções necessárias aos produtores locais. “Será um salto gigantesco para a humanidade e a coisa mais legal desde que o homem lançou um macaco no espaço. Seremos as primeiras pessoas a receber um Nobel por fazer festas.”

Vai lá: www.decentralizeddanceparty.com

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