Pedra
Subitamente só
A poeira do chão
Entrava no sapato
Enquanto os olhos tomavam
A madrugada de surpresa.
Prédios tatuados de horríveis grafites
Às margens de rios mortos
De lodo podre.
À frente, disforme e inatingível
Na rua
Seguia o homem
Pesado de história
E só, como uma pedra.
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Luiz Mendes