Nesse eu boto fé!

por Nathalia Zaccaro

Pedimos dicas de novos talentos da música pra quem manja do assunto: Negra Li, Zezé Motta, Luedji Luna, Mariana Aydar, Emanuelle Araújo, Marcia Castro e Ana Cañas

Negra Li bota fé em: Tássia Reis. Rapper do interior de São Paulo, ela lançou este ano o disco Próspera, em que usa sua voz simultaneamente delicada e poderosa para fala abertamente sobre a ansiedade que permeia os relacionamentos amorosos contemporâneos, ativismo, negritude, balada e política. “Ela uma menina muito legal! Tenho acompanhado a evolução do trabalho dela e acho muito bacana o discurso e o posicionamento dela”, diz Negra Li. 

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Emanuelle Araújo bota fé em: Baco Exu do Blues. O carisma e os versos afiados do rapper baiano chamaram atenção para o rap que é feito fora do eixo Rio-São Paulo. Em junho, o curta de seu último disco,Bluesman, venceu Grand Prix do Cannes Lions na categoria entretenimento para música, deixando pra trás trabalhos de Beyoncé e Jay-Z. “Tô apaixonada por ele, acho genial. A arte está sempre se reinventando. Ouço por aí que a música vive um momento difícil, mas tem muita coisa boa. Eu sou uma otimista!”, diz Emanuelle. 

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Mariana Aydar bota fé em: Luiza LianCantora, compositora e artista visual, Luiza Lian é dona de uma das vozes mais marcantes e de um dos sons mais únicos da cena independente brasileira. Com letras profundas, suas músicas sobrepõem contemporâneas batidas eletrônicas a ritmos como blues e rock. Seu terceiro disco, Azul Moderno, foi considerado pela crítica um dos melhores álbuns do ano passado. “Tô viciada nesse disco! Um dos meus preferidos da música brasileira ever”, crava Mariana. 

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Márcia Castro bota fé em: Josyara . Cantora, compositora, instrumentista, ela faz parte da cena contemporânea de música baiana e tem o violão como grande regente de seu segundo disco, Mansa fúria. Os dedilhados percussivos de Josyara acompanham as letras profundas da baiana, que escreve com poesia sobre suas raízes, liberdade sexual e feminismo.“Ela é incrível, tem uma força imensa e ainda é uma grande musicista. Interpreta com gana.” 

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Ana Cañas bota fé em: Preta Ferreira. Além de cantora, Preta é atriz, apresentadora e liderança de movimento social. Atuou no filme Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé e codirigiu Minha Carne. Ao lado de sua mãe, Carmen Silva, é uma das responsáveis pela Ocupação 9 de Julho, em São Paulo. “A primeira vez que ela cantou em público foi em um show meu. Ela é uma cantora, compositora, produtora cultural, liderança de um  movimento social por ocupação e moradia em São Paulo. Tem uma relevância enorme. Uma mulher preta que estava presa politicamente, sem provas, e agora foi solta”, diz Ana.  

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Luedji Luna bota fé em: Stefanie MC. Integrante do grupo Rimas&Melodias, a MC já está na cena há 15 anos, mas lançou sua carreira solo em 2018, com o single “Mulher MC”. “Ela é a velha guarda do rap de São Paulo e, para mim, é a melhor do rap nacional hoje. Ela está se preparando para lançar um trabalho novo.” 

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Zezé Motta bota fé em: Aline Deluna. Premiada atriz e cantora, viveu no teatro a dançarina, cantora, atriz, ativista e humorista Josephine Baker, norte-americana naturalizada francesa que conquistou o mundo com sua arte e talento. “Ela é maravilhosa. Me emocionei assistindo o espetáculo”, conta Zezé.  

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Créditos

Imagem principal: Mariana Pekin

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