O movimento Trip Transformadores 2015 reuniu oito pessoas com ideias e projetos inspiradores em seu primeiro encontro, no auditório do Masp
Quinta-feira, 27 de agosto, um telão no vão livre do Masp irradiava para São Paulo ideias capazes de tornar o mundo um lugar melhor. Sem exageros. Estavam presentes no auditório do museu oito dos onze homenageados deste ano. E o que se ouvia ali, na transmissão ao vivo do auditório do museu, era o resultado de vidas inteiras dedicada ao altruísmo. projetos que de um jeito ou de outro, transformam o país. Começou o Trip Transformadores 2015.
Na abertura do evento, o cientista político Lourenço Bustani , coordenador do Project Everyone no Brasil, apresentou as novas Metas Globais da ONU para o desenvolvimento sustentável. É possível engajar 7 bilhões de pessoas num movimento concreto para mudar a rota do planeta? Não sabemos, mas a próxima edição da Trip será dedicada a esta missão.
Conheça o trabalho dos homegeados deste ano no Trip Transformadores 2015 .
O pernambucano Caio Guimarães, 24 anos, inventou uma lanterna capaz de curar feridas e matar bactérias resistentes a antibióticos através do cumprimento da onda da luz. Sua pesquisa recebeu incentivo do exército dos EUA. "Com 30 dólares comprei pela internet material para montar as primeiras 5 unidades".
Crédito:
Ali Karakas
Engenheiro aeronáutico, ex-presidente da Embraer, desde criança se perguntava: "Por que o Brasil não fabrica aviões?". Dr. Ozires Silva: "Somos melhores do que imaginamos, quem faz a diferença não são predestinados. São pessoas. A mensagem principal é que temos que nos tornar responsáveis pelo país em que nossos filhos vão crescer. "
Crédito:
Ali Karakas
O engenheiro ambiental, que vive no sul da Bahia há 30 anos e transformou uma área degradada por pastagem em floresta. Os vizinhos de Ernst Götsch costumam brincar que só chove no sítio dele... "Não há pragas. Cada espécie, cada indivíduo que aparece está contribuindo com sua vontade de viver e encontrar a satisfação". Será que é inteligente a gente querer melhorar as espécies? não seria mais inteligente, mais simples e modesto buscar formas de cultivar plantas e criar a animais em um contexto em que eles possam interagir?"
Crédito:
Ali Karakas
A cozinheira e empreendedora Regina Tchelly, do favela orgânica, enfatizou a importância do máximo aproveitamento dos alimentos. "Consumo consciente é pensar nos nossos hábitos e saber o que o nosso corpo precisa. A ideia da favela orgânica é devolver para a terra o que a terra nos dá."
Crédito:
Ali Karakas
Thomaz Srougi é o criador da rede de clínicas Dr. Consulta, voltada ao público das classes C e D: "Problemas sociais exigem soluções escaláveis. O que fazemos não é filantropia. É usar o lucro como ferramenta para criar essa escala".
Crédito:
Ali Karakas
Stela Goldenstein que luta pela despoluição do Rio Pinheiros: "As utopias existem para serem perseguidas. É preciso ter metas, estratégias e ser persistente até o fim. Nós ainda não nos organizamos para recuperar o rio, mas é possível e tem que começar já!"
Crédito:
Ali Karakas
Katiele Fischer viveu o drama de se tornar traficante do canabidiol para curar sua filha das convulsões constantes. Não bastou, com sua luta, o CBD foi legalizado pela Anvisa. "Maconha? O primeiro preconceito que precisei quebrar foi o meu."
Crédito:
Ali Karakas
Lama Michel encerrou a noite, e compartilhou com os presentes um pouco do que aprendeu na vida monástica: "Todos nós desejamos ser felizes, ninguém quer sofrer, isso é igual para todos. Buscamos a felicidade, mas somos guiados pela ignorância. Eu não acredito que as coisas podem se transformar acredito que elas estão em constante transformação. se tem algo que a gente quer fazer, tem que fazer agora, a vida é breve".
Crédito:
Ali Karakas