por: Danone

Comida para todos

apresentado por Danone

Criadora do Favela Orgânica e homenageada pelo Prêmio Trip Transformadores em 2015, Regina Tchelly reflete sobre o impacto do desperdício na fome

Em consequência da pandemia, do desemprego, da inflação e da ausência de políticas sociais eficientes, hoje mais da metade da população brasileira encontra-se em situação de insegurança alimentar. Enquanto isso, toneladas de alimentos seguem tendo o lixo como destino em centros de abastecimento, feiras-livres, supermercados, restaurantes e até mesmo nas nossas casas.

Não é de hoje esse contraste, mas com a situação cada vez mais grave fica impossível falarmos de alimentação e consumo consciente sem chamar atenção para isso. É urgente exigir políticas públicas contra a fome. É urgente se mobilizar como e onde der em solidariedade para levar alimento a quem não tem o que comer.

Porém, é preciso ir além. Precisamos pensar todo o ciclo do alimento para entender o problema na raiz e, pouco a pouco, construir mudanças definitivas no cenário da alimentação.

Começando pela terra e pelos produtores, precisamos nos tornar um país que valorize o pequeno produtor e permita que ele produza alimentos para o povo, através de uma relação limpa com a natureza. Incentivar o trabalho de quem honra cada pedacinho de terra e convive com ela em harmonia e respeito, sem venenos ou práticas destruidoras. Precisamos de um alimento produzido não por máquinas e produtos artificiais, e sim, por famílias de agricultores que com muito carinho e trabalho garantem que chegue uma comida de qualidade na nossa mesa.

É preciso também fortalecer as redes locais de conexão entre produtor e consumidor para garantir um transporte mais eficiente, menos perda no caminho e relações mais justas de compra e venda. E quando, finalmente, esse alimento chega às nossas casas, precisamos mudar nosso olhar para ele. Pensando sempre em aproveitar o máximo de cada um, para valorizar todo o caminho percorrido e também para melhorar nossa economia doméstica. 

Processo produtivo (e nutritivo)

Pensa bem quanto tempo leva para uma banana chegar até você. O trabalho de um ano até a bananeira dar fruto, a poda da bananeira feita pelo agricultor, o processo de amadurecimento, o transporte... Será mesmo justo desconsiderar tudo isso e, em poucos segundos, desprezar uma parte tão rica quanto as cascas?

Se comemos a banana em uma refeição, com a casca e poucos ingredientes a mais podemos fazer outra. E assim seguimos gerando mais comida com menos, a partir de uma revolução na nossa postura em relação a cada alimento.

O problema é estrutural e somente a luta por soberania, autonomia e educação alimentar poderá trazer mudanças profundas na nossa realidade. Precisamos lutar pelo nosso país, defender nossas terras, nossa biodiversidade, nossos agricultores e agricultoras, nossos povos originários.

E a comida é um ponto chave dessa luta. É dever de quem tem condições de escolher o que pode comer fazer essa escolha com consciência e responsabilidade. Optando sempre por fortalecer quem planta, quem colhe, quem vende e a própria natureza que nos oferece alimentos riquíssimos que precisam ser honrados em sua integralidade.

Sejamos agentes de transformação! Começando pequeninho dentro de casa e movimentando para toda nossa comunidade e nosso país. Consumir com consciência e aproveitar até o talo são atos revolucionários por um ciclo do alimento mais justo para todos e para a natureza.

Conheça: A Danone, copatrocinadora do Prêmio Trip Transformadores, acaba de ser reconhecida como Empresa B, uma certificação que atesta o compromisso da companhia não só com seu sucesso econômico, mas também com o progresso social e ambiental. A empresa possui 70% da sua base de fornecedores de leite composta por pequenos produtores rurais. Junto a eles, investe no desenvolvimento da agricultura regenerativa no país por meio do projeto Flora, que realiza a integração entre pasto e floresta, promovendo a restauração do ecossistema.

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