Virgens Suicidas

por Redação

Quem se amarra em dramas que vão além da novela das oito, não pode deixar de ler este livro. Pra lá de suicidal tendencies

Tendo um prosaico subúrbio americano como pano de fundo, uma abafada tragédia grega: cinco meninas caminham para suicídios anunciados, como em câmera lenta, observadas pelos olhos gulosos e espantados de um punhado de garotos. Seus pais são antiquados católicos, um corpo estranho no meio da hedonista e consumista América dos anos 70. Entre esses dois mundos, as meninas desistem de viver e ficam para sempre presas na imaginação dos vizinhos. Apesar da tragédia, Virgens Suicidas (cuja adaptação para o cinema, por Sofia Coppola, acaba de ser lançada no Brasil), narrado numa poesia que mescla momentos de ternura e humor, nunca é um livro triste - embora aperte a garganta de todo o mundo que já foi adolescente. [Maria Ercilia, jornalista e diretora do BOL]Virgens Suicidas, de Jeffrey Eugenides, Editora Rocco (www.rocco.com.br), 212 páginas, R$ 20
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