O Simca Chambord marcou não só a história da indústria automobilística nacional como também nossa cultura pop
Texto Geraldo Tite Simões Foto Nelsom Mello
“Um dia meu pai chegou em casa, nos idos de 63. E da porta ele gritou orgulhoso. Agora chegou a nossa vez! Eu vou ser o maior, comprei um Simca Chambord.” Como bem traduz a música do grupo baiano Camisa de Vênus, o Simca Chambord sempre foi venerado como símbolo de status e objeto de desejo de uma geração. Imagine o Brasil de 50 anos atrás. O presidente Juscelino Kubitschek rodava o mundo em busca de empresas dispostas a investir no Brasil. Uma marca francesa se interessou pelo promissor país. Chamava-se Societè Industrielle de Mécanique et du Carrocerie Automobile. Ou simplesmente Simca. Assim, em 1959 foi lançado o primeiro Simca Chambord, carro de inspiração americana, com belo acabamento, suspensão macia e equipado com um inédito motor V-8 – que representava o grande barato do carro, porque tinha bloco de ferro, mas cabeçote de alumínio, uma modernidade para os padrões da época.
VIGILANTE RODOVIÁRIO
Para aguçar ainda mais o desejo pelo carrão com desenho em forma de “rabo de peixe”, o primeiro seriado brasileiro de TV tinha como um dos astros principais um Simca Chambord. O cineasta Ary Fernandes criou a cultuada série Vigilante rodoviário, na qual o exemplar policial Carlos rodava pelas estradas acompanhado do seu fi el cão Lobo a bordo de um Simca Chambord da polícia rodoviária. Mas a história da Simca durou pouco no Brasil. Em 1967 a Chrysler americana assumiu o controle acionário da marca e, poucos anos depois, a crise mundial do petróleo iria enterrar defi nitivamente os grandes carros com motores V-8.
Encontrar um Simca bem restaurado hoje é um verdadeiro garimpo. Os colecionadores da marca contabilizam pouco mais de 500 em bom estado. Um deles, modelo Chambord Tufão 1965, está com Antônio Guedes, 55. “Achei esse carro em Campinas (SP) e fi z um cuidadoso trabalho de restauração em todos os detalhes.” Segundo ele, é difícil encontrar modelos originais, pois as peças do motor são raras e muitos donos de Simca optaram por instalar motor de Opala. Uma verdadeira heresia!
“Um dia meu pai chegou em casa, nos idos de 63. E da porta ele gritou orgulhoso. Agora chegou a nossa vez! Eu vou ser o maior, comprei um Simca Chambord.” Como bem traduz a música do grupo baiano Camisa de Vênus, o Simca Chambord sempre foi venerado como símbolo de status e objeto de desejo de uma geração. Imagine o Brasil de 50 anos atrás. O presidente Juscelino Kubitschek rodava o mundo em busca de empresas dispostas a investir no Brasil. Uma marca francesa se interessou pelo promissor país. Chamava-se Societè Industrielle de Mécanique et du Carrocerie Automobile. Ou simplesmente Simca. Assim, em 1959 foi lançado o primeiro Simca Chambord, carro de inspiração americana, com belo acabamento, suspensão macia e equipado com um inédito motor V-8 – que representava o grande barato do carro, porque tinha bloco de ferro, mas cabeçote de alumínio, uma modernidade para os padrões da época.
VIGILANTE RODOVIÁRIO
Para aguçar ainda mais o desejo pelo carrão com desenho em forma de “rabo de peixe”, o primeiro seriado brasileiro de TV tinha como um dos astros principais um Simca Chambord. O cineasta Ary Fernandes criou a cultuada série Vigilante rodoviário, na qual o exemplar policial Carlos rodava pelas estradas acompanhado do seu fi el cão Lobo a bordo de um Simca Chambord da polícia rodoviária. Mas a história da Simca durou pouco no Brasil. Em 1967 a Chrysler americana assumiu o controle acionário da marca e, poucos anos depois, a crise mundial do petróleo iria enterrar defi nitivamente os grandes carros com motores V-8.
Encontrar um Simca bem restaurado hoje é um verdadeiro garimpo. Os colecionadores da marca contabilizam pouco mais de 500 em bom estado. Um deles, modelo Chambord Tufão 1965, está com Antônio Guedes, 55. “Achei esse carro em Campinas (SP) e fi z um cuidadoso trabalho de restauração em todos os detalhes.” Segundo ele, é difícil encontrar modelos originais, pois as peças do motor são raras e muitos donos de Simca optaram por instalar motor de Opala. Uma verdadeira heresia!