Renato Spiritus já navegou por mares distantes, mas foi entre as trilhas e o asfalto da Ilhabela, onde nasceu e cresceu, que ele testou a Triumph Scrambler 1200
Renato Spiritus sempre usou uma moto para surfar na Ilhabela, no litoral paulista. “O acesso às ondas na ilha é meio complicado", explica. "Só tem na praia de Castelhano, do lado oposto de onde moro, que é perto do canal. São 25 quilômetros de estrada de terra, por onde só passa jipe ou carro 4x4. E a moto sempre me deu essa liberdade de chegar a lugares onde o carro não alcança”, diz o empresário de 39 anos, que cresceu por lá, mas surfou em mares distantes.
No início dos anos 2000, Renato morou em Londres por seis meses e, na sequência, viajou pela Europa com uma mochila nas costas. De lá, percorreu com dois amigos 15 mil quilômetros de estradas australianas atrás de ondas. Seguiu surfando pela Indonésia e esticou de veleiro até a Tailândia.
LEIA TAMBÉM: Surf feminino no Brasil, de norte a sul
Na volta ao Brasil, formou-se capitão de barco e, em 2008, fez sua primeira travessia do Atlântico: levou um veleiro de 50 pés em Cascais (Portugal) até as ilhas Saint Martin (Caribe), com direito a mau tempo e boa pescaria no caminho. Um ano depois, fez o caminho inverso com a mulher: pegou um veleiro no Caribe e atravessou o oceano passando pelas Ilhas Canárias, Açores até o estreito de Gibraltar, uma viagem que durou sete meses.
Mas o bom filho à casa torna e Renato, que conhece mais de 30 países, ancorou por ora na Ilhabela, onde, além de trabalhar como capitão de um barco particular, tem um restaurante na praia do Campo de Aviação, o Manapani, e curte a vida ao lado da mulher, Mariana Bueno, do filho recém-nascido, Jóca, e dos dois cachorros. Também ataca de modelo (protagonizou uma campanha mundial do perfume Azzaro). Foi em meio à essa rotina que ele testou a Triumph Scrambler 1200, tanto no asfalto, na serrinha que leva ao sul da ilha, quanto em terra, na Estrada Parque, que conduz à praia de Castelhanos.
“Foi amor à primeira vista, me identifiquei de imediato com a moto. Consigo, por exemplo, pegar uma estrada de terra na Ilhabela e ir a São Paulo. Ela mistura essas duas coisas, que, para mim, são fundamentais. A transição é natural”, conta Renato. “É uma moto forte, estável e de alta velocidade. Numa reta, poderia chegar a 180 quilômetros com conforto e segurança. Se eu quiser pegar um atalho, uma trilha, vai muito bem em chão de terra e cascalho.”
E Renato vislumbra outras estradas. “Posso fazer uma viagem mais longa, pela Cordilheira dos Andes, por exemplo. A moto é muito completa, tem modo de pilotagem para terra, asfalto, neve, com tração específica para o território em que você está andando e aquecedor de manopla. Ela não tem barreiras.”
LEIA TAMBÉM: Amyr Klink reflete sobre o que a solidão do gelo antártico lhe ensinou
O empresário também chama a atenção para o torque da Scrambler. “Essa potência dá uma adrenalina, é uma aceleração brutal, nunca vi em moto nenhuma. Brutal, aliás, é um bom termo para resumir essa moto, poderosa e fora da curva.”
De norte a sul
Renato indica três programas imperdíveis sob duas rodas pela Ilhabela
"Vá de moto até o Nova Iorqui, um restaurante bem tradicional, no extremo sul da ilha, a cerca de 25 quilômetros da balsa, ponto final da estrada de asfalto. O caminho até lá passa por uma serra bem sinuosa, com muita subida, descida e curvas fechadas — dá para sentir bem a moto. No restaurante, você encontra comida boa (peça pelo mexilhão na cerveja ou à vinagrete) por preço razoável.
Outro programa obrigatório é Cachoeira da Água Branca, com uma cascata gostosa e poços grandes, a cerca de 15 quilômetros da balsa, por uma estrada de terra. Chegando lá, faça uma massagem com água gelada nas costas, dê uma lavada na alma.
A praia do Jabaquara, no extremo norte da ilha, também é imperdível e com um ótimo quiosque. O trajeto até lá inclui trechos em bloquete, asfalto, estrada de terra e de cascalho. Dá para sentir a moto em outros terrenos, com direito a belas vistas."