Conheça a Dj Criss Miller, que faz mais do que botar a mão nas pickups
“Não é casa de swing, é balada liberal”, repetia a assessora de imprensa enquanto eu esperava a DJ paranaense Cris Miller – que, segundo o texto do release enviado à Trip, resolveu “mostrar todo seu talento, aliás, os seus dois talentos” (sic), no Nefertitti Club, em São Paulo, um lugar onde abastados desembolsam até R$300 pra deixar a libido aflorar. Quem espera um lugar com casais “swingando” sem medo de ser feliz engana-se. Apesar do mastro de pole dancing fixado no centro da pista de dança, apenas as go-go girls nuas em pelo se esfregavam profissionalmente sobre o balcão. Uma olhadela num canto da casa foca num tiozão à Tony Montana com uma mulher em cada braço, no maior suingue – o ritmo, viu?
TALENTOS NATURAIS
Depois de me alertar mais uma vez de que estávamos em “uma balada liberal”, a assessora de imprensa me leva ao camarim, onde Cris Miller e seu fiel escudeiro, o DJ Mallbeck, se preparavam para ocupar as cabines. Esbanjando naturalidade, e os seios fartos, Cris Miller explica que decidiu tocar fazendo topless porque, quando estava na Espanha fazendo um curso de DJ, “era a coisa mais normal do mundo as mulheres ficarem com os seios de fora".
Após conhecer Mallbeck, resolveram trazer a experiência para o Brasil. OK, Cris. Mas responda: qual música faz o seu peito pular? “Nenhuma, o peito não pula!” E a pergunta que não quer calar: Cris, esses peitos são de silicone? “Não, imagina! São talento natural mesmo!” Nesse momento sou interrompido pelo mestre de cerimônias que anuncia: “E, agora, a DJ Top... Topless. Criiiss Miller. Gostosa demaaais”. Cris entra toda animada – e vestida – e coloca os fones de ouvido. Aperta um botão aqui, outro acolá, e exibe seus “dois talentos”. Já Mallbeck, muito bem vestido, dá duro pra manter a animação. Enquanto isso, o insistente mestre de cerimônias grita a cada 5 min: “Gostosa demaais”. Foi a deixa pra dar a missão por encerrada.