Todos por Amy Lee

por Diogo Rodriguez

Headliners do segundo dia do Maquinária, Evanescence agrada ao público sedento pela musa

Com um público visivelmente mais jovem e gritos notadamente mais agudos, o segundo dia do Maquinária Festival sofreu mais com a chuva do que o primeiro. Isso, porém, não desanimou os que estavam presentes, que acompanharam os shows dos esperados Evanescence e Panic! At The Disco com entusiasmo, assim como os de nomes menos conhecidos como Dir En Grey e Loaded.

Estes útlimos abriram os shows do palco principal com seu hard rock de arena e agradaram, conseguindo arrancar fortes aplausos. Duff McKagan, ex-baixista dos Guns'n'Roses e atual do Velvet Revolver, estava à vontade no palco e relembrou três músicas de sua banda mais famosa: "So Fine", "Dust 'n' Bones" e "It's So Easy". Os japoneses cabeludos do Dir En Grey foram os seguintes e, apesar de cantarem a maioria das músicas em japonês, colocaram o público para cantar com seu som extremamente pesado, que se inspira em riffs clássicos do metal. Diversos garotos e garotas circulavam pela Chácara do Jockey com camisetas da banda, que faz sucesso no Japão e tem 12 anos de carreira.

Quando parecia que a chuva esfriaria os ânimos, o Panic! At The Disco assumiu o palco e tratou de fazer os paulistanos dançarem. Animado e parecendo não se importar muito com a água que caía no palco (o show chegou a ser interrompido por alguns minutos para proteger os instrumentos), Brendon Urie falou bastante com o público: elogiou a caipirinha brasileira ("muito melhor do as que fazem nos Estados Unidos") e disse que aquele era o "melhor show" que eles já haviam feito.

Do outro lado do campo, no palco Myspace, poucas pessoas viram o show de Danko Jones, banda de hard rock alternativo que destoava do line-up do festival. Apresentando-se em trio, os canadenses fizeram um show rápido e reclamaram muito por não estarem no palco principal. Mesmo assim, agradaram aos poucos que acompanharam a apresentação debaixo de chuva.

Como na primeira noite do Festival, a maioria dos presentes estava ali para ver o headliner da noite, nesse caso, os americanos do Evanescence. O coro se fez desde o começo, e os gritos de "Amy Lee" foram a constante do show. Com um vestido colorido, ela tocou piano e comandou o som épico e pesado do repertório, que incluiu os sucessos esperados pelo público, como "Going Under" e "Bring Me Back To Life". Parecendo empolgada com a recepção calorosa depois de dois anos longe dos palcos, a vocalista disse aos fãs brasileiros: "Vocês não são normais!". A noite se encerrou com um bis e a satisfação do público mais jovem, paramentado com camisetas pretas do Evanescence.

fechar