Saberes em extinção
O paranaense Paulo Bafá pode ter seu negócio extinto... por falta de mão-de-obra
em 3 de fevereiro de 2009
“É muito raro um relógio que não tenha conserto.” Pelo menos dos antigos. Quem garante é Paulo Bafá, que trabalha com carrilhões (de pedestal ou parede), relógios de mesa, de bolso e cucos há mais de 50 anos. Hoje, aos 62, o paranaense tem uma oficina em sua casa, em Carapicuíba (Grande São Paulo), e não viu o movimento cair nos últimos anos. “Sempre tem serviço. As pessoas herdam os relógios dos pais e avós e querem manter funcionando.”
Paulo aprendeu o ofício sozinho, quando era funcionário de uma antiga relojoaria na Barão de Itapetininga, no centro paulistano, e, apesar da clientela fiel, o relojoeiro sabe que sua especialização é incomum. E não será pela sua família que irá perpetuar-se. “Minha mulher ajuda com os clientes, mas não faz consertos. Até tentei ensinar meu filho, mas ele não quis. Hoje é formado em engenharia da computação, e minha filha, em administração de empresas.”
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