Conheça Armando Rodrigues, restaurador de fliperamas: ”Cavaleiro Negro é a mais cobiçada”
Cavaleiro Negro é a mais cobiçada. A última máquina dessas que Armando viu ser negociada saiu por R$ 6,5 mil, pagos à vista. “É a mais valorizada. Menos para os médicos, que sei lá por que gostam muito da Drakor, uma máquina que tem um capeta vermelho desenhado que eu nem gosto muito de trabalhar, dá confusão quando chega em casa de evangélico.” Quem conta é Armando Faceira da Silva Rodrigues, 46 anos, que há 13 restaura máquinas Taito.
A filial brasileira da montadora de fliperamas (pinball) parou sua produção há 22 anos, mas até hoje um pequeno grupo fiel de cultuadores da bolinha prateada bate à porta da oficina de Armando, no centro de São Paulo. A paixão por antiguidades veio do pai, mas o gosto pelas Taito é seu mesmo. “Já cheguei a ter 50 máquinas, reformava e vendia. Hoje em dia é difícil achar máquina para comprar. E uma funcionando bem não sai por menos de R$ 4 mil.” Em parceria com “Spina”, um ex-técnico da própria Taito, Armando recupera completamente o caixote (estrutura principal de madeira), o rack (“cérebro” da máquina), a placa de som e todas as pecinhas mais que forem necessárias para deixar sua Vortex tinindo.