Com mais de 200 mil turistas chegando ao Rio de Janeiro para assistir ao show de Lady Gaga, convidamos quatro cariocas para contar como curtir a cidade como um local
O Rio de Janeiro tem o poder especial de fazer a gente lembrar que a vida é boa lá fora. E não vai ser diferente neste feriado do Dia do Trabalho, quando a cidade promete se transformar em um grande palco a céu aberto. Mais de 200 mil turistas são esperados para o show histórico de Lady Gaga, no próximo sábado (3) – e meio milhão de pessoas devem desembarcar na capital fluminense para os quatro dias de folga prolongada. Mas o Rio tem espetáculos que acontecem todos os dias e que não precisam de estruturas de telões, som ou iluminação: o pôr do sol, a brisa do mar e a natureza exuberante que sempre dá um jeito de se mostrar no meio do caos cotidiano.
Do agito de Copacabana à tranquilidade da Barra de Guaratiba, dos visuais panorâmicos estonteantes às pedaladas pelas ruas da cidade, cada canto e cada história é palco da paixão que o Rio desperta em tanta gente. Por isso, em parceria com a Corona, convidamos quatro cariocas para indicar seus programas para um feriado perfeito por lá — com muito sol, mar e o melhor da vida lá fora.
De bike pela cidade
Para o fotógrafo Wendy Andrade, a beleza não foi inventada, ela sempre esteve ali – basta ver. Apaixonado pelo Rio, ele lança sobre sua cidade natal um olhar poético de quem é capaz de encontrar beleza nos momentos e cenas mais banais. E uma das maneiras de redescobrir os lugares que mais gosta é em cima de uma bicicleta. Seu programa favorito para um feriado começa na Praia do Flamengo e segue até a Praia da Barra, passando pela Enseada de Botafogo, Copacabana, Arpoador, Ipanema, Leblon, Avenida Niemeyer, São Conrado, Estrada do Joá e Barrinha.
São cerca de 30 quilômetros de pedalada, mas ao longo do caminho é possível conhecer alguns dos cartões-postais da cidade e fazer paradas estratégicas: contemplar a vista do Pão de Açúcar em Botafogo, tomar um mate em Copacabana ou ver o mar de cima da Avenida Niemeyer. “Num dia ensolarado, esse trajeto é paradisíaco”, diz ele. Uma viagem que prova que, no Rio, o caminho é tão importante quanto o destino.
Refúgios da zona oeste
Se a ideia é desacelerar, Mari Lobo indica as praias da zona oeste, onde a natureza ainda dita o ritmo. “Gosto de curtir a Praia do Recreio, a Prainha e Grumari. Dar um mergulho e pedalar pela orla, que tem feira de artesanato, bons restaurantes e quiosques. O fim de tarde é maravilhoso: vale a pena parar para admirar o pôr do sol”, conta.
Mais afastadas da zona sul, essas praias formam uma das áreas mais preservadas do Rio. A Prainha e Grumari ficam em uma Área de Proteção Ambiental (APA) e não possuem grandes construções em sua orla. Ali quebram ondas perfeitas que atraem os surfistas logo nas primeiras horas da manhã. Já no Recreio, a ciclovia à beira-mar se estende por mais de 7 quilômetros, reunindo moradores e turistas que querem explorar a paisagem de bike.
Subida para o céu
A jornalista Érica Prado, ex-surfista profissional e idealizadora do Movimento Surfistas Negras, escolhe um clássico que nunca falha na zona sul: o canto do Leme. “Adoro curtir a praia e fazer a trilha do Forte Duque de Caxias, que tem uma vista panorâmica incrível do Rio”, diz ela. Construído no século 18, o forte fica escondido dentro de uma área militar aberta à visitação.
A subida curta por uma estrada calçada é recompensada por um dos panoramas mais amplos da cidade, com vista para Copacabana, a Pedra do Leme, o Pão de Açúcar e a entrada da Baía de Guanabara. Em dias claros, é possível enxergar até as ilhas Cagarras e parte da Serra do Mar. Um programa que entrega aquele visual que só o Rio sabe oferecer.
Surf, peixe fresco e pôr do sol
Para quem quer começar o dia surfando e terminar de frente para o pôr do sol, Chloé Calmon entrega seu roteiro pessoal. “Passar a manhã surfando e jogando altinha em Grumari, almoçar frutos do mar na Barra de Guaratiba e fazer uma parada obrigatória para os docinhos caseiros. Depois, assistir ao pôr do sol na praia da Barra de Guaratiba”, conta a surfista.
Com suas águas claras e cercada por vegetação de restinga, Grumari é um dos picos favoritos de surfistas na capital fluminense. A 6 quilômetros dali fica a Barra de Guaratiba, onde há décadas funciona uma porção de restaurantes que servem peixes e frutos do mar frescos. Parte de uma área de preservação ambiental, a região também tem vias de escalada e de rapel e cinco praias selvagens para quem quiser encarar uma trilha ou um trajeto de barco: Búzios, Perigoso, Meio, Funda e Inferno.
Créditos
Imagem principal: Divulgação Corona / Unsplash