Não existe medida justa para avaliar o valor de um saber
Não existe medida justa para avaliar o valor de um saber. Mas uma coisa é certa: hoje, quanto maior for a possibilidade de multiplicar, amplificar e distribuir conhecimento em grandes redes, sejam elas concretas ou virtuais, mais valioso ele se torna. Por isso, nesta edição, nós nos dedicamos a encontrar pessoas e iniciativas que priorizaram a conta da multiplicação em suas equações de ensino.
Um bailarino que, depois de aposentado, decidiu abrir uma escola de dança em uma pequena cidade cearense e combater o preconceito contra homens que bailam. Um cineasta consagrado que vem ao Brasil em meio a uma cruzada mundial para oferecer meditação transcendental a jovens estudantes. Presos que infiltraram a educação em um ambiente onde é proibida a circulação de quase tudo. Empresários que decidiram transferir seu conhecimento de gestão privada para governos, prefeituras e escolas públicas.
Por outro lado, nós também fomos atrás dos saberes que, por uma série de razões, acabaram limitados a um grupo restrito de pessoas e hoje correm risco de extinção. Índios que são os últimos falantes de uma língua prestes a desaparecer. Domadores de animais proibidos de exercer sua atividade em circos. Técnicos que consertam relógios de carrilhão ou máquinas de pinball. E até os últimos representantes dos torneiros mecânicos, a ex-profissão do nosso atual presidente. Eles são provas dos perigos que o saber corre sempre que ele deixa de se reproduzir.
203.900 é o número de estabelecimentos educacionais no Brasil
82,6% são públicos
17,4% são privados
57.308 escolas oferecem educação a alunos portadores de necessidades especiais
2.423 é o número de escolas indígenas
2,9% dos brasileiros entre 10 e 15 anos são considerados analfabetos, contra 8,3% em 1996
52.969.456 é o número de estudantes matriculados na educação básica no Brasil
46.610.710 estão em escolas públicas
6.358.746 em escolas privadas
Fontes: Censo Escolar da Educação Básica 2007 (MEC), Censo Escolar de 2006 (MEC), IBGE