Os frutos da crise econômica de 2001
edição Emilio Fraia
Na mesa de um bar, no cruzamento da rua Jorge Luis Borges com a praça Julio Cortázar, no bairro de Palermo Viejo, em Buenos Aires, o escritor Adrián Haidukowski, 30, pede mais uma cerveja Quilmes. Diz que entre Cortázar e Borges fica com Cesar Aira. ?Ele é irônico, nunca corrige o que escreve e não se considera um escritor sério. Gosto disso.? Haidu (como é chamado pelos amigos) conta que até os 20 anos nunca tinha lido um livro na vida. ?Tomei gosto por literatura durante uma viagem. Abandonei a faculdade de cinema e fui passar nove meses em Londres. Lá, comecei a escrever um diário, li clássicos como O Vermelho e o Negro, de Stendhal, e não parei mais.? Em 2002, Haidu lançou Met, El Muerto [191 págs., R$ 16,50, editora Sudamericana ? www.edsudame-ricana.com.ar], seu primeiro livro. Editor da revista literária Pisar El Césped [www.pisarelcesped.com.ar] e dono de uma produtora de vídeo e revistas, Haidu, que nasceu e vive em Buenos Aires, faz como muitos de sua geração: incorpora elementos da cultura pop ? não faz distinção entre o popular e a ?alta cultura? ? e rejeita a busca de uma identidade nacional em sua literatura. Adoradores de Mary Poppins, segundo livro de Haidu, sai em abril na Argentina. O lançamento no Brasil está previsto para junho, na coleção Risco:Ruído, da editora DBA. ?O livro é a história de um casal que se separa e se vê envolvido com um grupo de pessoas obcecadas pela Mary Poppins, a personagem do cinema?, conta. ?O pano de fundo é a crise econômica que assolou a Argentina em 2001. Não há referências de lugar, mas a sensação é de que algo está errado.? Haidu diz que não crê na política dos políticos, não gosta de livros policiais (gênero forte na Argentina) e não pretende ganhar dinheiro com literatura. ?Escrever para mim é um jogo, nada mais.?
Na mesa de um bar, no cruzamento da rua Jorge Luis Borges com a praça Julio Cortázar, no bairro de Palermo Viejo, em Buenos Aires, o escritor Adrián Haidukowski, 30, pede mais uma cerveja Quilmes. Diz que entre Cortázar e Borges fica com Cesar Aira. ?Ele é irônico, nunca corrige o que escreve e não se considera um escritor sério. Gosto disso.? Haidu (como é chamado pelos amigos) conta que até os 20 anos nunca tinha lido um livro na vida. ?Tomei gosto por literatura durante uma viagem. Abandonei a faculdade de cinema e fui passar nove meses em Londres. Lá, comecei a escrever um diário, li clássicos como O Vermelho e o Negro, de Stendhal, e não parei mais.? Em 2002, Haidu lançou Met, El Muerto [191 págs., R$ 16,50, editora Sudamericana ? www.edsudame-ricana.com.ar], seu primeiro livro. Editor da revista literária Pisar El Césped [www.pisarelcesped.com.ar] e dono de uma produtora de vídeo e revistas, Haidu, que nasceu e vive em Buenos Aires, faz como muitos de sua geração: incorpora elementos da cultura pop ? não faz distinção entre o popular e a ?alta cultura? ? e rejeita a busca de uma identidade nacional em sua literatura. Adoradores de Mary Poppins, segundo livro de Haidu, sai em abril na Argentina. O lançamento no Brasil está previsto para junho, na coleção Risco:Ruído, da editora DBA. ?O livro é a história de um casal que se separa e se vê envolvido com um grupo de pessoas obcecadas pela Mary Poppins, a personagem do cinema?, conta. ?O pano de fundo é a crise econômica que assolou a Argentina em 2001. Não há referências de lugar, mas a sensação é de que algo está errado.? Haidu diz que não crê na política dos políticos, não gosta de livros policiais (gênero forte na Argentina) e não pretende ganhar dinheiro com literatura. ?Escrever para mim é um jogo, nada mais.?