por Millos Kaiser
Trip #182

Colaboradores da Trip trocam seus gadgets - um original, outro pirata - e contam como foi

Em todo canto tem gente viciada em gadget e aqui na Trip Editora não é diferente. O diretor de núcleo Alexandre Morettin, por exemplo, não larga seu iPhone. Um de nossos seguranças também tem o seu sempre à mão mas… com a maçãzinha das costas do aparelho meio torta. Sejamos honestos: esse aparelho, na verdade, é falsificado. Custa R$ 320, cerca de um quarto do valor do original, em um dos paraísos paulistanos de “genéricos”, a galeria Pajé. Não dá nem para chamá-lo de versão “made in China”, porque isso o verdadeiro também é. O logotipo desalinhado, no caso, não passa de um adesivo que o próprio vendedor, também chinês, oferece como opcional para o cliente. Que parece, parece. Mas foi só trocarmos os aparelhos entre seus donos durante uma tarde que as diferenças apareceram.

A primeira surgiu na hora de trocar os chips. Enquanto no iPhone a peça é ejetada com a ajuda de uma chavinha especial, no genérico ela fica debaixo da bateria, como na maioria dos celulares convencionais. Descoberto o detalhe, hora de fazer a primeira ligação. Alê passou sua receita de frango com curry para uma amiga de Buenos Aires escutando e sendo escutado em alto e bom som. O problema foi só desligar. O diretor batia com o dedo na tela e nada acontecia. Ponto negativo para o touchscreen do aparelho da Pajé, que se mostrou teimoso para funcionar em vários outros momentos.

O fake também não conseguiu conectar-se à rede wi-fi do prédio. Em compensação, recebe sinal de TV e rádio, podendo inclusive gravar as transmissões, graças a uma antena retrátil, funcionalidade que o original não tem. No geral, mesmo sentindo falta de checar seus e-mails, Alê viu algumas vantagens no clone: “Pelo preço e pelo que ele oferece, é fantástico”.

Aparentemente, nosso segurança também não se importou com a troca. Adorou o jogo de Fórmula 1, em que o telefone vira uma espécie de volante, e gostou mais ainda de poder acessar a internet. “Nem se eu pudesse compraria o original. Custando isso tudo, acho que não vale a pena. E com o meu posso gravar clipes preferidos e ver TV.”

 

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