por Luara Calvi Anic
Trip #172

Não faltou vira-lata correndo atrás do rabo alheio na 22a. edição da Festa do Caxorro Loco

TEXTO E FOTOS LUARA CALVI ANIC

Embalada pela Dança do Créu que ressoa de algum porta-malas, uma fi leira de carros lotados sobretudo de homens espera pra se esbaldar em goles de Jurupinga, hot dog, crepe de banana com chocolate e coelhinhas sedentas para... É a 22ª edição da festa à fantasia Caxorro Loco.

Três fanfarrões vestidos com batinas trazem balões coloridos presos às costas, “uma homenagem àquele padre que saiu voando”. Na festa é obrigatório entrar com fantasia, mesmo que seja apenas uma fralda geriátrica com uma chupeta pendurada no pescoço, como fez Diego Martins (foto). O freqüentador assíduo do evento vira de costas, dá uma abaixadinha e mostra para a repórter o traseiro encapado pelo calção de plástico: “Está vendo, parece até que eu fi z cocô. Há seis anos venho de fralda para a festa”. No camarote lotado de gente que pagou até R$ 120 para estar lá, uma moça loira de cabelo – e morena de corpo – faz questão de virar de costas e também mostrar o traseiro para a câmera da repórter. Só que desta vez sem cocô, mas de bermudinha de vinil mostrando a polpa da bunda.

Enquanto uns sonhavam em ser “o banquinho da bicicleta”, outros assumiam a tara de fazer às vezes de um branco e esguio absorvente interno. “O que você acha de ser paquerada por um homem de 1,80 m vestido de o.b.?”, pergunta a repórter a uma coelhinha da Playboy. “Acho que ele está querendo entrar em todo mundo, né? Desse tamanho, só pode ser um o.b. pós-parto..” Duas horas depois, os encontro ainda abraçados. Teria ela, a coelha, cedido ao absorvente interno tamanho extralarge?
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