em 21 de setembro de 2005
Prestes a encarar o vestibular da Universidade de São Paulo, Artur Voltolini, chefe de arte das revistas Natura e Pão de Açúcar (publicações da Trip), enfrenta a lista de leituras obrigatórias para a prova. Entre elas, Macunaíma – O Herói Sem Nenhum Caráter, que Artur indica mesmo para quem não vai encarar a Fuvest.
Escrito em 1928 por Mário de Andrade, um dos mentores da Semana de Arte Moderna de 22, Macunaíma é uma das mais importantes obras da literatura brasileira. O livro narra com humor as aventuras do anti-herói que dá nome à obra, o índio que deixa a selva para recuperar em São Paulo um talismã que lhe foi roubado.
Macunaíma traz um apanhado de lendas e tradições folclóricas brasileiras. “O livro resume o humor brasileiro na figura de seu anti-herói, o homem sem caráter que remete à lei de Gerson, a malandragem brasileira”, completa o designer.
Acostumado a ler traduções de clássicos estrangeiros, Artur chama atenção para a leitura do livro em sua língua original: “Me enriqueceu ler um texto escrito em português, perdi muito tempo com traduções. O mais legal do livro é o contato com a língua portuguesa, com o estilo, o vocabulário e o jeito de Mário de Andrade escrever”, finaliza Artur, tão nacionalista quanto o autor e os modernistas do início do século.
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