Deslize pela pista

por Stephanie Stupello

Com muito soul o Talco Bells invade o Vegas após ser considerada a melhor festa do mundo

O Talco Bells vem fazendo cada dia mais sucesso, semanas atrás foi considerada a melhor festa do mundo pelo Jornal Brasil Econômico. Para os que não conhecem, vale se arriscar na versão pocket da festa que acontece hoje no Vegas Club. A festa, sob o comando de Elohim Barros, Bruno Torttura, Filipe Luna e Guilherme Luna, é puro soul music com muito talco na pista para ninguém ficar parado.
 
Abaixo você confere um trecho do É nóis com o Elohim Barros, diretor de arte da Trip, onde ele conta sobre sua ligação com a música e como surgiu o Talco Bells.

A música sempre fez muito parte da sua vida, né?
Meu pai foi batera durante 25 anos, foi baterista do Johnny Alf, tocava na Orquestra Sinfônica, era daqueles que liam partitura, ele sabia tudo de música, e como era muito interessado em composição acabou saindo da bateria e começou a tocar piano. Tocava piano em escola de balé, que nem Rubem Gonzalez, era muito legal... Sempre teve bateria e piano em casa, certamente foi o que me levou a tocar bateria, com 14 anos ganhei uma bem merreca, daí com 15 minha irmã ganhou uma viagem pra Paris e quando chegou minha vez eu não quis, eu queria uma bateria profissional, era meu sonho, ganhei a bateria e foi incrível. Tinha aula com meu pai, o que por um lado era difícil porque é outra relação do que aluno e professor, eu sabia o quanto ele entendia de música e já tocava e me sentia meio frustrado em saber que ia demorar muito tempo pra conseguir aquilo, ia ser difícil ir além do que sabia e muito mais chegar aonde meu pai chegou, então tive poucas aulas com ele, depois ele passou a me dar mais dicas.

Você tem uma balada chamada Talco Bells, como surgiu isso?
Surgiu quando o Felipe e o Bruno, que eram repórteres da Trip, foram pra Nova York entrevistar os Beastie Boys e lá foram numa festa no Harlem com música pra dançar, e as pessoas levavam talco no bolso, pra jogar no chão e deslizar pra dançar melhor. Quando eles voltaram e me contaram da festa, todos nos empolgamos pra fazer isso aqui, mas a gente queria fazer uma noite só de soul, não black que toca todo tipo de música, soul anos 60 e 70 – meio xiita nesse ponto – e a gente leva talco e vê o que dá.
Começou num salão gigante todo de taco no chão, ideal pra dançar, no antigo KVA. A primeira foi legal, tinha umas 200 pessoas, basicamente amigas, daí a segunda foi pior que a primeira, mas a gente insistiu, queria fazer a festa mensalmente, e nesse primeiro ano fizemos nove festas, em vários lugares.
Desde o ano passado estamos no hotel Cambridge, e a coisa tem rolado muito bem, no fim do ano passado fomos indicados pelo Guia da Folha como um dos melhores projetos de 2008 – ficamos em terceiro lugar – e acho que isso também deu uma ajuda porque na primeira festa de 2009 o público duplicou e tá bem legal.

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