Debate entre gêneros

por Luiz Alberto Mendes

 

Imaturidade

 

A imaturidade é a principal queixa feminina sobre o homem. Elas nos acham crianças crescidas e é assim que nos tratam. Não há como sustentar discussão com uma mulher sobre o assunto. Elas apelam vergonhosamente. O discurso delas é mais ou menos assim:

_ Queria ver se vocês homens tivessem que gestar, como é que ia ser. E na hora do parto então? Nossa! Vocês iam gritar, chorar, espernear desesperadamente e pedir mãe... Cada parto seria um escândalo nacional!

_ É, mas eu carrego em meu corpo milhões de células reprodutivas, prontas para entrarem em ação...

_ Tá bom, vocês encaram aquilo de “crescei e multiplicai-vos” com seriedade, eu sei. Só que esquecem a primeira parte para mergulharem de cabeça (literalmente até) na segunda. E nós, que recebemos a carga é que temos que crescer na marra, senão a casa cai.

E essa conversa insólida vai por ai afora. Todos que já enfrentaram esse tipo de discussão sabem do que estou falando. Perdemos feio. Daí elas falam:

_ Quer ver essas crianças barbadas fugirem, mudarem de conversa, é falar em discutir o relacionamento...

Pior quando elas começam a listar nossas imaturidades e infantilidades. Atacam ferozmente o tradicional e milenar esporte masculino de admirar bundas na rua... Fazem parecer um ato criminoso. É por conta de nossa admiração que elas precisam fazer regime, correr nas ruas e malhar na academia. Sei que elas fazem por elas também, mas não é nada fácil, vamos reconhecer.

Nossos argumentos ficaram insólidos. A nossa sólida função de provedores não existe mais. As mulheres já avançaram nessa parte. Que elas são iguais a nós, tá na cara faz tempo. Agora parece que vem a humilhação: nas discussões parece que elas querem algo mais que igualdade. Afinal, são mães; geram, parem, cuidam e educam. E vão conseguindo todas nossas outras funções. Até Juiz feminino de futebol existe. O time feminino do Brasil então é campeão!

O bom disso tudo é que elas nos julgam imaturos, infantis, mas não deixaram de nos amar. Não deixaram de cuidar de nós e nos dar o imenso prazer de sua companhia na aventura humana.

                           **

Luiz Mendes

10/10/2012.

 

fechar