Edição 2016 do maior concurso de fotografias de esporte de ação do mundo, que rola a cada três anos, terá dois brasileiros no corpo de júri
Fábio Marra, editor de fotografia da Folha de S.Paulo, e Wiland Pinsdorf, diretor do documentário De volta a Teahupoo, que conta a história de Maya Gabeira no Taiti, serão jurados na edição de 2016 do Red Bull Illume. As inscrições para o concurso estão abertas até o dia 31 de março. Cada fotógrafo pode concorrer com até cinco imagens em cada uma das 11 categorias, incluindo a nova: Mobile, para fotos tiradas pelo celular. Um time internacional de 50 jurados selecionará as 55 melhores fotos, incluindo os 11 vencedores de cada categoria e um vencedor geral. Conversamos com os dois jurados brasileiros sobre o concurso, fotografia e esporte.
Como avaliar uma foto "Uma grande foto deve contar uma história e ao mesmo tempo ter um apelo visual, que te faça querer ver mais. Gosto da fotografia sensorial, que transcende os limites da ‘realidade’”, explica Pinsdorf.
“No caso de esportes radicais, a harmonia entre estética, o momento exato e o lugar da execução da atividade esportiva”, afirma Marra.
Fotógrafos brasileiros “Fred Pompermeyer, Marcelo Maragni, Flávio Samelo e Fábio Piva certamente fariam parte do meu dream team da fotografia de ação mundial. Acho o brasileiro mais atirado e transgressor (no bom sentido). Às vezes, sinto que deveriam investir em pesquisa e planejamento”, avalia Pinsdorf.
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“Nossos profissionais não deixam nada a desejar em relação aos estrangeiros. Temos técnica e muita criatividade. O desafio agora é entender a simbiose entre impresso e digital e aprender a melhor maneira de trabalhar com as novas tecnologias e novas mídias de publicação e interação com os leitores”, fala Marra.
Braziliam Storm “A supremacia do futebol chega a ser nociva, porque acaba atraindo todos os investimentos. A exemplo do surf, temos modalidades como o skate, a escalada em rocha e o kitesurf, com atletas de ponta que deveriam ser mais valorizados. Com a fotografia acontece a mesma coisa”, diz Pinsdorf.
“Tudo é um ciclo de interesses positivos. Se os jovens surfistas são bem-sucedidos no esporte, a mídia vai cobrir. É bom para a diversidade esportiva, para a distribuição da economia e para a fotografia, que cobra olhares diferentes”, explica Marra.
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