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Calor na bacurinha

Livro de Almodóvar é sexo e delírio

Calor na bacurinha

Por Redação

em 21 de setembro de 2005

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Calor na bacurinha
Dois empregados da limpeza pública regavam a rua. Mara aproximou-se da mangueira, levantou o vestido, abriu as pernas e, entre gritos de gozo, preparou-se para receber o primeiro jorro de água na xoxota. Em seu novo livro, o cineasta queridinho dos designers de interiores pratica seu passatempo favorito: contar uma história absurda do jeito mais natural do mundo. Um velho chinês desiludido, dono de uma fábrica de absorventes, cansado de tanto levar pé-na-bunda de suas amantes-funcionárias resolve se matar. No testamento, como prova de amor a seu objeto de fascínio por décadas, o china oferece na faixa sua última criação às cidadãs madrilenhas. Não demora muito para a cidade ser consumida por uma bizarra epidemia sexual. Esqueça a grande literatura aqui: Fogo nas entranhas mais parece um roteiro, com uma narrativa super visual, reviravoltas delirantes e diálogos como este:
– Quero transar, e quero agora! – gritou Consuelo.
– Mas o que é isso?
– Preciso de um cacete, e se não for o seu, vou pedir ao seu amigo. Não será a primeira vez.

[Ronaldo Bressane, TRIP family]

Fogo nas Entranhas, Pedro Almodóvar
Dantes Editora e Livraria, 124 páginas, R$ 18

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