Qualidade de vida
A primeira atitude para quem quer mais qualidade em sua vida, é buscar saber, conhecer mais. O conhecimento, sem dúvida, transforma para melhor a condição de vida de qualquer um que se determine a adquiri-lo.
A segunda, eu creio que seja aprender a conviver com respeito, cuidado e principalmente, com gentileza. Ser gentil é meio caminho andado para ser respeitado; ser gentil é ser educado. Não importa que o mundo caia a nosso redor; a elegância de comportamento é fundamental. Até para sofrer é preciso ser elegante para que a dor não passe de nossa pessoa.
O terceiro procedimento, que para mim é obrigação de cada pessoa, é o esforço contínuo pela paz. Não essa paz de medo em que se quer acomodar com receio de brigar. Mas a paz que é um bem querer em si, um elemento agregador que não espalha rancor ou raiva.
Penso que a maior crise que vivemos não é a econômica e muito menos a social. Antes é a crise da auto-estima. Nas grandes metrópoles a família esfacelou-se, dividiu-se e multiplicou-se. Hoje temos a família nuclear: pais e filhos apenas. O afeto e a proteção familiar ficou restrito e foi comprimido. Não nos sentimos valorizados, amados ou queridos, conforme a nossa necessidade. Sentimos que somos desimportantes no cenário geral das coisas. Tudo funcionara muito bem com ou sem nós. Isso nos deprime, baixa uma tremenda depressão.
O que se pode fazer? Nós poderíamos ser bons e generosos, mas preferimos ser medíocres e poderosos. Poderíamos nos tornar importantes para nossas comunidades, para a nação, quiçá para o mundo; mas preferimos ser fúteis, superficiais e nos achar o centro do mundo. Não sei o que fazer, aconselhar nem pensar porque mal consigo levar minha vida, como posso opinar sobre a vida de alguém? Só sei que não podemos continuar nos sentindo como uns animaizinhos a correr desconcertados para todos os lados sem saber porque. Disso tenho certeza.
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Luiz Mendes
11/10/2013.