por Ana Reis
Trip #184

Uma produtora da Trip ficou íntima da estrela-pop-junkie-mor do Reino Unido, Amy Winehouse

Qual é a chance de bater à porta de uma das figuras mais perseguidas pela mídia mundial e ser recebida com beijinhos? Ana Reis, produtora da casa e uma das Trip Girls deste mês, responde

Estava em Londres com uma amiga, em Camden Town, no norte da cidade, quando ouvimos outra garota dizendo que tinha acabado de ver a Amy saindo de um pub. Fomos correndo até lá e achamos uns fotógrafos em frente a uma casa. A porta estava aberta e tinha uma menina de 13 anos por ali. Preguntei a ela se a Amy estava e se eu poderia conhecê-la, disse que eu era do Brasil e tal. A menina foi, voltou e me trouxe um saquinho de balas, disse que a própria tinha pedido pra me entregar. Comi tudo, e não era droga! Mais um pouco e Amy aparece na janela e grita: “Eu quero um beijo!”, assim mesmo, em português. Gritei de volta: “Eu também!”. Mas ela não voltou, e essa primeira visita terminou assim. Continuei minha viagem, fui até Amsterdã e, quando retornei a Londres, voltei à casa dela. Dei sorte, o pai dela estava chegando bem na hora. Me apresentei como a “Ana do Brasil” e pedi para conhecê-la. Ela veio à porta, mas tava bem louca, nem conseguia falar direito. Mesmo assim conversamos um pouco (nem lembro sobre o quê), ela me deu um abraço e um autógrafo e tirou fotos comigo. Mais uns minutos saiu com o pai para jantar, mas estava tão chapada que nem conseguiu ficar muito no restaurante, ali do lado. Isso tudo aconteceu no auge da loucura dela com as drogas. Bom, parece piada, mas nessa viagem teve ainda uma terceira vez que fui à casa dela. Mas, calma, não sou louca. Dessa última vez fui obrigada! Sério! Eu estava pra ir embora, curtindo com outra amiga numa espécie de kebab-balada bem bacana lá em Camden, e essa colega, quando ouviu minha história, ficou louca e me obrigou a irmos à casa dela, e lá fui eu de novo... Toquei o interfone e não tive coragem de me identificar novamente como a “Ana do Brasil”. Pedi desculpas por incomodá-la e perguntei se ela poderia tirar uma foto conosco. Ela desceu, abriu a porta e disse, rindo: “Sabia que era você”. Dessa vez ela estava mais careta e faladeira: perguntou como estava sendo a viagem, se eu estava gostando de Londres, se meu nome era Ana com dois “n”; comentou que adorou a bolsa de caveira da minha amiga... Foi super simpática. Ela mesma quis pegar a máquina fotográfica e nos fotografar. Fui embora cantando: “Yes, yes, yes!!!”

 

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